Victória Paz

A Panochick Design foi a alternativa para que a empreendedora Simone passasse mais tempo com a filha

Costureira de Porto Alegre usa músicas do Emicida para se inspirar

Victória Paz

A Panochick Design foi a alternativa para que a empreendedora Simone passasse mais tempo com a filha

Criada há cinco anos para que pudesse passar mais tempo com a filha, a marca Panochick Design traduz o espírito de um dos cantores favoritos da empreendedora Simone Costa. Ela conta que, durante a produção, costuma ouvir os álbuns de Emicida a fim de se inspirar. “A música ‘A Cada Vento' me representa. Representa também todas nós que batalhamos por nossos sonhos e conquistas”, afirma.
Criada há cinco anos para que pudesse passar mais tempo com a filha, a marca Panochick Design traduz o espírito de um dos cantores favoritos da empreendedora Simone Costa. Ela conta que, durante a produção, costuma ouvir os álbuns de Emicida a fim de se inspirar. “A música ‘A Cada Vento' me representa. Representa também todas nós que batalhamos por nossos sonhos e conquistas”, afirma.
O rap, o hip-hop e o samba estão muito presentes na vida de Simone. “Quando eu o conheci, comecei a prestar atenção na letra das músicas e ele sempre expôs a sua luta diária. Foi o que me deu um gás para começar e poder sonhar”, diz. O álbum “AmarElo” fala sobre ancestralidade, preconceito e determinação, e é o que move Simone. “Emicida diz que precisamos ocupar os espaços no documentário lançado na Netflix, e de que é tudo para ontem. Me identifico com toda história e me pergunto: quem somos?”, indaga.
PANOCHICK/REPRODUÇÃO/JC
A costureira diz que sua luta é muito mais do que fazer dinheiro empreendendo, mas de reescrever a história do País e da sociedade com as oportunidades que as são dadas. “Em todas as peças têm um pouco de música. É na construção da arte que eu imagino, penso e crio. Isso é o que me faz acordar todos os dias, então não tem um dia que eu não o escute”, abre. Simone ainda não borda seus produtos com as letras das músicas, pois depende dos tecidos disponíveis no mercado, mas afirma que sempre tenta relacionar com o que gosta.
A empreendedora produz peças práticas e que ajudem o dia a dia das mulheres. “Quando faço uma bag, ela tem que suportar tudo. Eu penso: o que uma mulher precisa durante o dia todo?”, detalha. Simone procura não repetir nenhum item para garantir exclusividade. 
PANOCHICK/REPRODUÇÃO/JC
O empreendedorismo surgiu em sua vida para que pudesse viver a maternidade. “Eu ficava o dia todo longe da minha filha, então tive que parar e repensar a minha vida”, conta Simone. Ela foi funcionária de uma empresa por 10 anos. Graduada em Marketing, enxergou uma oportunidade de mudar de carreira através de um curso de estilismo e bordado onde aprendeu a gostar da arte. “Tudo que eu faço é com muita dedicação e amor. Comecei a divulgar a minha costura dentro do meu antigo emprego, e então fui aceitando encomendas. Minha rotina era chegar do trabalho, cuidar da minha filha e passar a madrugada costurando”, relata.
Além do cantor Emicida, a maior inspiração de Simone é a sua filha Sara, quem a fez mudar radicalmente. “Só a via à noite. Tinha medo de perder os momentos únicos com ela”, revela. Atualmente, a demanda de trabalho aumentou, mas a empreendedora enxerga isso como algo positivo. “Trabalhar em casa exige disciplina e foco, preciso me monitorar mais. Tenho o hábito de dormir cedo e acordar cedo. Meu marido me fala que é nítida a diferença entre a Simone de antes e a de agora, estou muito mais feliz”, celebra.
Na pandemia, a Panochick parou de participar de feiras. Entretanto, ganhou novos clientes. “Tive uma maior demanda por doações de máscara e tecido. Como fiz campanha no Instagram (@panochickdesign), acabei ficando mais conhecida por isso. O único problema foi comprar o material, já que as lojas estavam fechadas”, expõe. Os produtos de Simone custam a partir de R$ 20,00, dependendo do estilo.
Ela diz que tem tirado muitas lições do empreendedorismo. “Costumo dizer que estou sempre aprendendo. Sempre tem alguém para nos ensinar a todo momento com palavras e atos”, explica. Além disso, conta que tenta ser positiva. “Faço meu trabalho com amor, dedicação e carinho. Quero que chegue assim nos meus clientes”, reconhece.
PANOCHICK/REPRODUÇÃO/JC
Victória Paz

Victória Paz - estagiária do GeraçãoE

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