Júlia Diefenbach

Segundo instrutores da atividade, o sucesso se dá pela leveza do esporte

Beach tennis supera status de esporte passageiro

Júlia Diefenbach

Segundo instrutores da atividade, o sucesso se dá pela leveza do esporte

Praticado na areia, o beach tennis teve seu início em meados da década de 1980, um irmão significativamente mais jovem do tênis, que data do século 19. Hoje, o esporte faz sucesso e já é ofertado em mais de 30 estabelecimentos em Porto Alegre, da Zona Norte à Zona Sul. A academia Pé na Areia, localizada na rua José Scutari, nº 95, no bairro Passo d'Areia, e o Point Sul, que fica na avenida Cel. Marcos, nº 1.960, no bairro Ipanema, são dois deles.
Praticado na areia, o beach tennis teve seu início em meados da década de 1980, um irmão significativamente mais jovem do tênis, que data do século 19. Hoje, o esporte faz sucesso e já é ofertado em mais de 30 estabelecimentos em Porto Alegre, da Zona Norte à Zona Sul. A academia Pé na Areia, localizada na rua José Scutari, nº 95, no bairro Passo d'Areia, e o Point Sul, que fica na avenida Cel. Marcos, nº 1.960, no bairro Ipanema, são dois deles.
A Pé na Areia opera das 6h às 22h todos os dias da semana e foi criada em 2018 por Nelson Cunha, que é treinador da seleção gaúcha sub-14 de beach tennis. É uma arena multiuso, incluindo vôlei de praia e futvôlei. Funciona, ainda, como uma casa de festas para alugar, mas o forte da academia é o beach tennis. "Hoje em dia, é um fenômeno, algo que está superando todas as expectativas. Nós temos 32 horários por dia, em duas quadras. Desses 32, normalmente, nós locamos 28", afirma Nelson. "Temos um acesso de cerca de 80 pessoas por dia na academia. Eu já tive escola de tênis e nunca cheguei perto desses números", pontua.
Já o Point Sul teve início em dezembro de 2013, como o primeiro clube indoor de beach tennis no Brasil. O local conta com duas quadras, que também estão disponíveis para locação, bar e churrasqueira. Guto Bopp, sócio e instrutor de beach tennis do Point Sul, afirma que o foco do clube são as aulas. "Com um time de três instrutores, atendemos aproximadamente 200 alunos. As aulas são ministradas em grupos de até quatro alunos, com duração de uma hora", relata. Segundo Nelson, a grande procura pelo beach tennis se deve ao formato do esporte.
"Ele é um esporte que não lesiona, é macio, é fácil de jogar, é na areia fofa, e a areia serve como fisioterapia para alunos que têm problema de joelho ou coluna", explica. "Além disso, é divertido, nós trabalhamos o tempo inteiro com música, os torneios tem DJ, e isso dá um ar de festa, de alívio. Eu, que vim do tênis, que é um esporte mais engessado, em que não pode fazer barulho, percebo que é diferente", coloca. "É um esporte para todas as idades, basta ir em um torneio amador para notar esse diferencial. Tem pais jogando com filhos, o que é lindo de ver", conta Guto.
Guto esclarece, ainda, que o que atrai muitas pessoas é o alto gasto calórico de uma aula, que pode chegar a até 600 calorias. "Pessoas que não tinham o hábito de praticar um esporte se encontram no beach tennis, que é uma maneira descontraída de realizar atividade física", diz. "É um esporte que reúne a família e que é de fácil aprendizagem", completa.
A decisão de arriscar em um esporte novo, para Nelson, valeu a pena. O empreendedor afirma que, em 2018, costumava ouvir que o beach tennis seria passageiro, mas as vantagens da prática fizeram com que o esporte se consolidasse. "É um esporte muito bom para os pulmões e as articulações, dá resultados já com pouco tempo de prática, e é prazeroso", conta.
POINT SUL/DIVULGAÇÃO/JC
O beach tennis, de acordo com o dono da Pé na Areia, também é benéfico para pessoas com deficiências físicas leves ou mais velhas por ser um "esporte suave". A média de valor por aula, em grupo, é de R$ 60,00.
As vantagens conquistaram, na Pé na Areia, um público dedicado e composto 80% por mulheres. No Point Sul, a clientela também é majoritariamente feminina. Nelson afirma que, mesmo com as baixas temperaturas registradas na Capital, ele têm alunos indo treinar às 6h. "É um esporte que motiva muito, que tira as pessoas do sofá", observa. Além disso, há um número significativo de pessoas buscando o tênis de praia por razões médicas. "Muitos que tiveram Covid-19, e que não faziam beach tennis antes, me procuraram dizendo que precisavam de um esporte que abrisse e ajudasse na recuperação dos pulmões", relata.
Para o futuro, Nelson Cunha pretende continuar apostando no beach tennis e expandir o alcance da Pé na Areia a nível nacional e internacional. Acima de tudo, o treinador acredita no potencial olímpico do esporte. "O esporte ainda vai crescer muito, certamente chegará nas Olimpíadas, e, quando chegar, o Brasil vai ser um competidor forte."
 
Júlia Diefenbach

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