Guilherme Jacques

A Ada produz peças conforme a demanda e em tamanhos inclusivos

Marca gaúcha investe no slow fashion como modelo de produção

Guilherme Jacques

A Ada produz peças conforme a demanda e em tamanhos inclusivos

Quando foi criada, no Dia Internacional da Mulher, em 2016, a Ada pretendia refletir os valores e ideais das sócias, Melina Knolow, de 29 anos, e Camila Puccini, 28. Há algum tempo elas vinham se questionando sobre os valores da indústria da moda. "Nós começamos a discutir muitas coisas éticas sobre a produção das roupas e começamos a mudar nossos hábitos de consumo. E, nesse movimento, nós percebemos que tinham poucas opções que abarcassem tudo o que acreditávamos. Ou seja, que fossem do slow fashion, veganas, fossem mais minimalistas e atemporais. Então, nós juntamos isso com o conhecimento prático da Camila, que é formada em moda, e lançamos a Ada", explica Melina, a única vegana das duas sócias.
Quando foi criada, no Dia Internacional da Mulher, em 2016, a Ada pretendia refletir os valores e ideais das sócias, Melina Knolow, de 29 anos, e Camila Puccini, 28. Há algum tempo elas vinham se questionando sobre os valores da indústria da moda. "Nós começamos a discutir muitas coisas éticas sobre a produção das roupas e começamos a mudar nossos hábitos de consumo. E, nesse movimento, nós percebemos que tinham poucas opções que abarcassem tudo o que acreditávamos. Ou seja, que fossem do slow fashion, veganas, fossem mais minimalistas e atemporais. Então, nós juntamos isso com o conhecimento prático da Camila, que é formada em moda, e lançamos a Ada", explica Melina, a única vegana das duas sócias.
Para ela, entre todos os pilares da marca, o veganismo foi o mais desafiador nestes cinco anos devido à resistência dos consumidores que não são adeptos da prática. "Acredito que você não precisa fazer 100% das coisas para fazer alguma coisa. Já ouvimos pessoas, por exemplo, perguntarem se, caso comprem uma roupa vegana, precisariam se tornar veganas. E, na verdade, o fazer algo é bem mais importante que não fazer nada. Por isso, tentamos ter uma abordagem bastante sutil em relação a isso", comenta.
O interesse e o conhecimento de consumidores sobre produtos veganos, no entanto, têm crescido. A aversão, como Melina classifica, que existia no passado diminuiu e deu lugar a uma abertura para o que negócios que apostam no nicho têm a propor. "Nós temos clientes com idades entre 15 e 60 anos. E há uma dificuldade do público mais velho para compreender, mas a resistência diminuiu muito. É um sinal de que o movimento tem se fortalecido."
O relacionamento com os clientes conquistados nos cinco anos de existência da Ada é peça chave para a marca. Passando por dificuldades desde o início da pandemia, com falta de matérias-primas e problemas para configurar o perfil do Instagram (@conceitoada), que tem mais de 30 mil seguidores, Melina e Camila criaram a campanha "Ajude a Ada a existir". A ideia consistia em oferecer descontos nas compras com o objetivo de aumentar a receita do negócio. "Trazemos as nossas dificuldades para o jogo, porque as nossas clientes nos apoiam tanto que é uma obrigação sermos sinceras."
Por enquanto, o objetivo das empreendedoras é esse: continuar existindo e respeitando os princípios que guiam a marca. Entre eles, o veganismo. Atualmente, são dez pessoas envolvidas nos trabalhos da Ada, que não lança coleções e produz de acordo com a demanda. No catálogo fixo, os modelos variam de R$ 129,00 até R$ 429,00 e são fabricados tamanhos inclusivos. As vendas são feitas exclusivamente pelo site (conceitoada.com).
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