Juciane da Rosa Guimaraes, 49 anos, de Porto Alegre, criou um negócio em um ramo que, segundo ela, duplicou as vendas durante a pandemia, o de sex shops. Após ser desligada de seu emprego, em 2019, decidiu que era hora de abrir um e-commerce. O diferencial, conforme Juciane, é que as pessoas podem pedir os produtos de casa, sem constrangimentos, já que ainda há muito tabu acerca da sexualidade.
“Uma cliente me comentou uma situação que foi a uma sex shop e chegou um rapaz para atendê-la. Ela ficou muito desconfortável, pegou o produto rápido e foi embora. E, na realidade, não era bem o que gostaria”, conta.
Para evitar situações como essa, ela aposta no formato delivery. Ela acredita que, ao mesmo tempo que exista o tabu, as pessoas têm vontade de experimentar e descobrir novas sensações de prazer.
As vendas ocorrem pelo site www.jucianeguimaraes.com.br ou pelo WhatsApp (51) 99901-3145.
Juciane, que é formada em Marketing, se preparou para essa nova fase de vida. Com a ajuda do Sebrae, virou Microempreendedora Individual (MEI) e estudou os fornecedores.
“Comecei a correr atrás enviando mensagens para várias pessoas do ramo. Foi, então, que cheguei numa empresária maravilhosa de São Paulo que me deu várias dicas. Comprei alguns produtos, me preparei e divulguei na rede social. A receptividade dos amigos foi excelente. No mesmo dia que divulguei no meu Instagram, o pessoal me chamou tanto que eu não dava conta de responder”, detalha.
Trabalhar com sexualidade exige cuidados específicos que tornam o dia a dia no empreendedorismo mais complexo. Há controle e censura no tema. “Torço muito para que as pessoas se libertem mais. Que possamos falar com nossos filhos sobre a sexualidade.”
Com envios para todo o Brasil, na Região Metropolitana de Porto Alegre a entrega é feita através de motoboy. O frete varia conforme a região, entre R$ 20,00 e R$ 55,00.