Jonathan Cardoso, CEO da Wave Commerce, explica que empresas com uma trajetória mais sólida devem investir em um e-commerce próprio, enquanto negócios menos maduros podem ter melhor desempenho apostando nos marketplaces. “Anunciando nos marketplaces, o lojista tem um custo somente se houver venda. Ou seja: se vender, paga-se uma comissão, que varia de canal para canal e por categoria de produtos, mas gira em torno de 13% a 25%. Se não vender, ele não tem custo algum. Para esse pequeno lojista, após validação das vendas no marketplaces, pode-se iniciar o e-commerce próprio”, explica.

 

Nas compras realizadas pela internet, cerca de 50% dos consumidores optam por efetuar os pagamentos utilizando boleto bancário. Para o especialista em tecnologia e e-commerce Felipe Rodrigues, isso, por si só, não é um problema. Porém, cerca de 60% deles acabam não quitando o boleto. “Imagine que o procedimento padrão entre os e-commerces é oferecer três dias úteis como prazo para pagamento dos boletos. Isso significa que, durante esse tempo, o produto que foi selecionado pelo consumidor fica separado aguardando. Uma forma de tentar adiantar esse processo ou, pelo menos, fazer com que o cliente não esqueça do boleto em aberto é adotar ferramentas de recuperação de vendas”, alerta.

 

Com a pandemia, a utilização assertiva das redes sociais no processo de venda online se tornou fundamental. Marina Baumel e Nara Pinski, sócias da Cia. Empreendedora, afirmam que as pessoas querem um conteúdo humanizado, com destaque para os bastidores, detalhes de produção e a rotina da empresa. Segundo elas, 70% das publicações devem ter este enfoque, os serviços oferecidos devem ocupar apenas 10% e os outros 20%, reservados a posts com testemunhos de clientes e feedbacks.

 

Marketing digital e e-commerce andam de mãos dadas, então, é preciso estar atento aos movimentos e tendências da área para otimizar a perfomance de vendas online. Rafael Terra, referência nacional no assunto, aponta que a transformação digital foi um dos principais assuntos do ano passado e que, agora, a tendência é que as marcas mostrem os frutos desta transformação. Outra tendência são as lives e-commerce, que, cada vez mais, se transformarão em verdadeiros shows para vendas.

 

Com o intuito de apoiar pequenos negócios gaúchos a entrarem no meio digital, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no RS (Sebrae-RS) possui a Sua Loja Sebrae. Na plataforma, empreendedores podem ingressar no marketplace e criar a própria loja virtual. A funcionalidade é aberta e gratuita a todos os segmentos, sem limite de oferta de produtos. "Essa relação de consumo vai ser uma nova forma de fazer negócios. As empresas que quiserem manter a fidelização dos clientes precisam se adaptar ao mundo digital", diz André Vanoni Godoy, diretor superintendente do Sebrae-RS.