Mauro Belo Schneider

CEO da Trinto fala como é a atuação da empresa e os desafios do mercado

Transformação digital deve permear tudo

Mauro Belo Schneider

CEO da Trinto fala como é a atuação da empresa e os desafios do mercado

Fundada em 2011, em um cômodo da casas dos pais de seu CEO, Daniel Moraes, que, na época tinha 22 anos, a Trinto é uma consultoria especializada em marketing digital e tecnologia Google Premier, com sede em Porto Alegre, somando mais de 50 colaboradores. Nos últimos 10 anos, atendeu cerca de 500 clientes, muitos deles grandes marcas dos setores de tecnologia, moda, calçados, educação, saúde e indústria. Em 2020, figurou na lista das melhores agências de comunicação no Brasil, segundo o ranking Great Place to Work (GPTW).
Fundada em 2011, em um cômodo da casas dos pais de seu CEO, Daniel Moraes, que, na época tinha 22 anos, a Trinto é uma consultoria especializada em marketing digital e tecnologia Google Premier, com sede em Porto Alegre, somando mais de 50 colaboradores. Nos últimos 10 anos, atendeu cerca de 500 clientes, muitos deles grandes marcas dos setores de tecnologia, moda, calçados, educação, saúde e indústria. Em 2020, figurou na lista das melhores agências de comunicação no Brasil, segundo o ranking Great Place to Work (GPTW).
Recentemente, desenvolveu um projeto para o Grupo A, em que um dos principais desafios foi gerar tráfego qualificado nas redes sociais das 18 instituições de Ensino Superior presentes em todo o Brasil, e que possuem forte atuação em Educação a Distância (EAD). Após uma imersão e diagnóstico das dores do cliente, foi proposto o desenvolvimento de soluções estratégicas em conteúdo e social media para a geração de leads, fortalecendo o papel do canal de estratégia digital.
Nos primeiros seis meses, segundo Daniel, o Grupo A registrou um crescimento de quase 84% no número de usuários vindos das redes de forma orgânica, além de aumento da representatividade do canal no número de inscrições. Outros dados apurados mostram o aumento de 580% no alcance das publicações de uma de suas instituições e crescimento de 196% em interações.
Na entrevista a seguir, Daniel fala sobre esse processo de transforamação digital, tão necessário em meio à pandemia.
GeraçãoE - Trabalhar com consultoria de transformação digital no momento atual parece um negócio promissor. Quais os desafios e oportunidades?
Daniel Moraes - Existe uma grande demanda e ótimas oportunidades para empresas que oferecem um trabalho estratégico e com profundidade. Uma pesquisa realizada pela Provokers para o Google aponta que o comércio eletrônico brasileiro teve sua maior alta em 20 anos, refletindo o aumento na demanda por conta da pandemia do novo coronavírus. No primeiro semestre de 2020, o comércio eletrônico faturou R$ 38,8 bilhões, um crescimento de 60% em relação à primeira metade de 2019. Neste cenário, nossa atuação só tem a ganhar, por isso, nossa meta é dobrar de tamanho em 2021, após um crescimento de 50% em 2020, com uma operação mais dirigida para um formato de trabalho focado no outsourcing de times remotos.
GE - O que ainda precisa melhorar?
Daniel - Apesar do movimento acelerado de transformação digital de algumas empresas, com o crescimento do trabalho remoto, há um déficit muito grande de profissionais especializados no mercado e a Trinto quer cobrir esse gap. As pesquisas apontam que até 2024 serão abertas até 250 mil vagas ligadas às áreas de tecnologia. Os dados reforçam nosso posicionamento de atuar como uma parceria digital estratégica, alocando profissionais treinados e certificados para atuar nos projetos dos seus clientes. Hoje, possuímos certificações do Google, Vtex, Linx e Hubspot e usamos dados e insights compartilhados pelos nossos parceiros para apoiar nosso time de Digital Squad.
GE - Qual a principal carência das empresas na hora de fazerem essa transformação?
Daniel - Trata-se de uma mudança de cultura, que deve acontecer em toda empresa e não apenas em uma determinada área ou setor. De nada adianta implementar o e-commerce, vender para o consumidor final se ela não resolver problemas de canais com os franqueados, por exemplo. Ou implementar uma cultura data-driven na área de marketing e não levar essa mesma mentalidade para as áreas de negócios, compras, P&D e outras dentro da empresa. A carência, no meu ponto de vista, está nas empresas enxergarem como esta construção pode ser feita de uma forma ampla, permeando todas as áreas e pessoas do negócio. Este é o grande desafio.
GE - Que tipos de negócios a Trinto pode ajudar?
Daniel - Nosso foco tem sido atuar em médias e grandes empresas e ajudá-las nos seus desafios da transformação digital. Apostamos no formato de squads dedicados para entregar aos clientes serviços de marketing digital e tecnologia, com abordagens feitas de acordo com a necessidade de cada negócio. Para isso, recriamos a forma de trabalhar, relacionar e entregar produtos e soluções para os nossos clientes. Com os squads dedicados, nossos profissionais, chamados de digital experts, passam a fazer parte da operação dos nossos clientes, absorvendo seus desafios e também parte de sua cultura. É um modelo que oferece mais agilidade e profundidade com a possibilidade de compreender com mais clareza os desafios de cada negócio.
GE - Como a pandemia impactou o mercado que a Trinto atua?
Daniel - Um dos principais impactos que tivemos no nosso mercado foi a mudança do formato tradicional para o modelo home office. Nossa operação estava 100% alocada em Porto Alegre, mas, de forma rápida, conseguimos nos adaptar, pois estamos acostumados com metodologias ágeis e operar com tecnologias que nos permitem trabalhar remotamente. Observando o mercado, vejo que a migração para o formato híbrido é o futuro, um caminho sem volta.
GE - O que mudou no mercado?
Daniel - De forma geral, houve uma aceleração exponencial do processo de transformação digital das empresas. O que antes era uma aposta e andava em paralelo aos demais negócios, do dia para a noite, virou prioridade. Tivemos casos de clientes que, com medidas protetivas, tiveram que fechar mais de 150 lojas. O único caminho para manter os negócios foi o digital. No nosso entendimento, a pandemia trouxe o desafio de acelerar o processo de transformação digital nas empresas e consolidar de vez essa abordagem. Quem não se adaptar a esse novo formato vai perder mercado.
GE - Quais lições a Trinto tem aprendido neste período de pandemia?
Daniel - Uma das principais lições aprendidas neste processo foi que se deve, cada vez mais, apostar na construção de times capazes de superar adversidades. Ao longo dos últimos meses, participamos de projetos extremamente desafiadores. Em alguns casos, foi necessário fazer a migração da plataforma de e-commerce, com todos os dados e informações, em apenas 30 dias. Isso só é possível fazer com profissionais experientes, treinados e preparados para esse tipo de desafio. Neste caso, formatamos squads e colocamos esses profissionais em contato com os clientes para acelerar projetos que pudessem, com estratégias digitais, reverter eventuais cenários de crise.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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