Isadora Jacoby

A nova operação é responsável por manter o local em funcionamento durante a pandemia

Venezianos, na Cidade Baixa, transforma espaço do pub em feira de produtos locais

Isadora Jacoby

A nova operação é responsável por manter o local em funcionamento durante a pandemia

O Venezianos Pub Café, ou o Venê, como é chamado pelos seus clientes, precisou apostar em uma nova frente de atuação para manter as portas abertas desde o início da pandemia. Operando há 21 anos da mesma maneira, hoje o local recebe os clientes de outra forma. No lugar das mesas e cadeiras do pub no bairro Cidade Baixa, está uma feirinha de artigos produzidos em parceria com outras empreendedoras. A iniciativa, conta Clarice Decker, sócia do espaço, foi uma alternativa para dar continuidade ao Venê. "A feirinha surgiu da necessidade de sobrevivermos na pandemia. A última noite que trabalhamos nos moldes dos 20 anos anteriores foi em 14 de março de 2020. Mesmo com as flexibilizações que chegaram a ocorrer, mantivemos a postura de não atendermos mesas dentro da casa. Assim, pensamos na feirinha como uma forma de comprarmos de produtores locais, principalmente mulheres, que também haviam sido afetadas, de alguma forma, com a pandemia", explica a empreendedora.
O Venezianos Pub Café, ou o Venê, como é chamado pelos seus clientes, precisou apostar em uma nova frente de atuação para manter as portas abertas desde o início da pandemia. Operando há 21 anos da mesma maneira, hoje o local recebe os clientes de outra forma. No lugar das mesas e cadeiras do pub no bairro Cidade Baixa, está uma feirinha de artigos produzidos em parceria com outras empreendedoras. A iniciativa, conta Clarice Decker, sócia do espaço, foi uma alternativa para dar continuidade ao Venê. "A feirinha surgiu da necessidade de sobrevivermos na pandemia. A última noite que trabalhamos nos moldes dos 20 anos anteriores foi em 14 de março de 2020. Mesmo com as flexibilizações que chegaram a ocorrer, mantivemos a postura de não atendermos mesas dentro da casa. Assim, pensamos na feirinha como uma forma de comprarmos de produtores locais, principalmente mulheres, que também haviam sido afetadas, de alguma forma, com a pandemia", explica a empreendedora.
Na Feirinha do Venê, que funciona de terça-feira a sábado, das 16h às 20h, encontram-se produtos diversos. "De empanadas a panos de prato, de empadinhas a salame, de orgânicos a mel, de pizzas a brigadeiros, de queijo a rapadurinhas de leite, de bebidas requintadas (resquício do estoque do bar) à cachaça artesanal orgânica, de erva-mate às louças do restaurante que colocamos à venda porque não estão sendo usadas", detalha Clarice. Outra adaptação trazida pela pandemia foi o sistema de tele-entrega, que antes não fazia parte da rotina do restaurante. "Ainda não estamos em aplicativos de delivery, mas buscamos alternativas para entregar os produtos que oferecemos diretamente na casa das pessoas, para elas não precisarem sair.
MARIANA ALVES/JC
Estar há mais de 20 anos de portas abertas torna o Venezianos parte da história dos clientes fiéis do espaço. Clarice afirma que esse laço afetivo entre o restaurante e os frequentadores foi fundamental para a manutenção do negócio, já que a clientela abraçou o novo modelo da operação. "O público do Venê não nos abandonou nunca. Aliás, sem os clientes do Venê, a casa não teria chegado até aqui, abril de 2021, um ano e um mês sem funcionar como bar e restaurante. Nesses 21 anos, muitas pessoas construíram histórias afetivas lindas no Venê. Precisávamos, mesmo que em outro formato, continuar contando histórias com elas. Hoje, clientes que comemoravam seus aniversários aqui, compram a Torta Zuzu - que oferecíamos para o parabéns - para comemorar em casa, isolados", conta Clarice.
Mesmo com a boa receptividade do novo modelo do negócio, o objetivo, para o futuro, é retomar o formato anterior, o que, segundo Clarice, é um desafio, pois exige jogo de cintura para conciliar uma operação possível e rentável no contexto atual com a manutenção da estrutura para a retomada no futuro. "O maior desafio é criar alternativas para sobreviver e conseguir manter uma estrutura de negócio para que, no dia que a vacina chegar para todos e a vida pulsar normalmente, o Venezianos possa voltar como espaço cultural, fazendo parte da história de Porto Alegre", pontua Clarice, que acredita que o grande legado desse momento para o futuro do negócio é entender que uma empresa não pode ser feita de clientes, e sim de pessoas que compartilham dos mesmos valores. "Mesmo de portas praticamente fechadas, continuamos acreditando nos nossos ideais. O Venezianos sobreviveu até aqui porque tem mais que clientes, tem uma legião de pessoas que, como ele, acredita nos mesmos ideais. É esta legião que está nos mantendo com esperança e nos dando força, dia após dia, para conseguirmos chegar até aqui", afirma Clarice.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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