Mauro Belo Schneider

A Comunica Mais completa um ano no mercado, unindo estratégias de relacionamento com públicos interno e externo

Comunicação é ferramenta essencial para empreendedores

Mauro Belo Schneider

A Comunica Mais completa um ano no mercado, unindo estratégias de relacionamento com públicos interno e externo

Comunicação sempre foi algo importante para qualquer negócio. Hoje, em meio à pandemia e com períodos de lojas fechadas, a forma como o empreendedor ou empreendedora fala com seus clientes - seja pelas redes sociais, e-mail ou WhatsApp - pode definir se a empresa conseguirá pagar as contas no fim do mês.
Comunicação sempre foi algo importante para qualquer negócio. Hoje, em meio à pandemia e com períodos de lojas fechadas, a forma como o empreendedor ou empreendedora fala com seus clientes - seja pelas redes sociais, e-mail ou WhatsApp - pode definir se a empresa conseguirá pagar as contas no fim do mês.
A Comunica Mais, criada pelas jornalistas Camila Dilélio e Marluci Stein, em Porto Alegre, completa um ano neste mês de março com o objetivo de virar referência em levar uma comunicação inovadora para as empresas. A CM atende, atualmente, 11 clientes, sendo oito deles do ramo de tecnologia. Nesta entrevista, Camila fala sobre o mercado e quais estratégias sugere para manter o contato com o público.
GeraçãoE - Por que decidiram focar a empresa nos negócios de base tecnológica e inovação?
Camila Dilélio - Apesar de a empresa ter apenas um ano, temos bastante tempo de experiência na área de comunicação. Eu e a Marluci trabalhamos juntas em uma assessoria por alguns anos atendendo empresas de grande porte e de diferentes áreas: varejo, setor imobiliário, farmacêutico. Aprendemos muito sobre assessoria de imprensa, gestão e relacionamento nessa trajetória. Há oito anos, iniciei uma jornada de trabalho no Tecnopuc, onde conheci o universo das empresas de tecnologia e inovação. Passei a atender startups, empreendedores, profissionais especializados na área de inovação e percebi que existia um mercado enorme para se explorar nesta área. Quando eu e a Marluci nos reencontramos, em 2019, tivemos a ideia de empreender. Juntamos nossas experiências com a certeza de que cada vez mais empresas da área de tecnologia - que é a que mais cresce no mundo - precisariam de comunicação. Geralmente, esses negócios são liderados por pessoas focadas no desenvolvimento do produto e não na comunicação. Então, se eles não comunicarem o que fazem, ninguém ficará sabendo.
GE - Como deve ser a comunicação das startups?
Camila - Com presença e agilidade nas respostas - que é o que as startups precisam, já que seus negócios mudam muito rápido. Nos propomos a atuar com nossos clientes com a mesma lógica das startups e dessas empresas, onde o foco é sempre solucionar o problema do cliente. Não importa quantas vezes seja preciso fazer e refazer. Queremos que os clientes obtenham os resultados que esperam e por isso criamos um modelo de comunicação sem amarras, onde o que se entrega vai além do estabelecido. Acreditamos que não existe mais espaço no mercado para amarras e delimitação de áreas. A comunicação precisa ser completa para conseguir contar para os públicos dessas empresas suas histórias, mostrar seus produtos e ajudar esses negócios a ganharem espaço no mercado. Sendo assim, começamos a trabalhar com empresas aqui do Estado e, logo, o ecossistema entendeu que estávamos oferecendo um misto de experiências na área de comunicação com um entendimento claro sobre o mercado e as empresas da "nova economia".
GE - Como a tua experiência anterior te ajudou a criar a Comunica Mais?
Camila - Minha experiência nessa área foi fundamental. O ecossistema de inovação e empreendedorismo do Rio Grande do Sul é muito rico e cheio de conexões maravilhosas. São centenas de pessoas buscando novos modelos de negócios, tentando fazer o Estado avançar a partir da tecnologia e do conhecimento. Quando você entende sobre esse universo, se torna um ator relevante no contexto. Também trabalhei por um ano na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado, o que nos abriu um caminho bem interessante. A Marluci tem uma vasta experiência no atendimento de grandes organizações e na comunicação pública, o que faz com que, além de ter excelentes contatos, consiga trazer um olhar bastante estratégico para os negócios, tanto dos nossos clientes quanto da Comunica Mais. Desta forma, juntas criamos a nossa rede e temos tido a grata surpresa de sermos lembradas pelas empresas.
GE - Que lições tira desse um ano empreendendo no ramo da comunicação?
Camila - Nascemos com a lógica de uma startup. Embora nosso negócio não seja de tecnologia, atuamos como startup. Começamos fazendo de tudo um pouco: do atendimento ao cliente, prospecção e produção até o recrutamento e contabilidade. Dá um trabalho enorme dar conta de tudo. Aprendemos nessa caminhada que não podemos ter medo de crescer e que cada cliente novo trazia consigo um aumento de demanda. Tínhamos, então, a oportunidade de nos cercar de novos parceiros e de pessoas qualificadas, com diferentes competências, para dar força e agilidade ao negócio. Seguimos fazendo de tudo um pouco, mas com novos braços para nos ajudar.
GE - Como a área da comunicação foi afetada pela pandemia?
Camila - A pandemia trouxe uma oportunidade enorme para a área de comunicação. Arrisco dizer que nunca fomos tão importantes e valorizados dentro das empresas. A partir do momento que as organizações precisaram fechar as portas, enxergaram nas redes sociais, na imprensa, em ações de endomarketing uma forma de se manter em evidência para seus públicos, internos e externos, de comunicar o que precisavam e transmitir corretamente suas mensagens. E, embora pareça fácil, fazer comunicação exige muita estratégia e conhecimento. É quase um quebra-cabeças e dá muito trabalho. A tecnologia contribuiu também com esse boom da comunicação e com quem trabalha na área, pois as fronteiras foram rompidas e hoje podemos estar dentro das empresas, atuando de uma maneira muito presente e estratégica, de qualquer lugar do mundo.
GE - A comunicação, portanto, tem ajudado as empresas nesse período de dificuldade?
Camila - Todos precisaram se reinventar e repensar as formas de fazer. Isso também nos aproximou muito dos nossos clientes. Entramos na estratégia das organizações e, muitas vezes, uma conversa com o CEO, não necessariamente sobre comunicação, mas com uma visão de mercado e de mundo ou, então, uma conexão com uma empresa parceira, contribui com o negócio até mais do que uma ação propriamente de comunicação, por exemplo. Acreditamos que temos esse papel. De ajudar a entender cenários, auxiliar com conexões, de sermos estratégicas para o negócio. Isso, para nós, faz parte da cultura de comunicação do século 21.
GE - As empresas de base tecnológica e o mercado de comunicação entendem essa importância?
Camila - Existe um mercado enorme para ser explorado nessa área. Cada vez mais irão nascer empresas com foco em tecnologia e inovação - que não têm expertise na área de comunicação - ou também empresas tradicionais vão precisar inovar em seus processos de comunicação. Estamos buscando atualização constante para acompanhar essas empresas, mas acreditamos que outras agências devem também olhar para essa oportunidade. É o futuro. O presente. E tem lugar para todo mundo crescer. É nosso papel contar para o mundo as oportunidades e as transformações que a inovação e a tecnologia proporcionam para a sociedade.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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