Isadora Jacoby

O Réu Rango + Bira começou a operar em janeiro no Centro Histórico da Capital

Novo bar celebra a cultura de rua em Porto Alegre

Isadora Jacoby

O Réu Rango + Bira começou a operar em janeiro no Centro Histórico da Capital

Uma homenagem para quem gosta de consumir na rua, ficar reunido com os amigos na calçada, sujeito ao julgamento do olhar alheio. Foi essa a premissa que originou o nome do novo bar do Grupo Céu, o Réu Rango + Bira. A operação, que iniciou em janeiro, pretende ser um lugar para os entusiastas da cultura de rua na Capital. 
Uma homenagem para quem gosta de consumir na rua, ficar reunido com os amigos na calçada, sujeito ao julgamento do olhar alheio. Foi essa a premissa que originou o nome do novo bar do Grupo Céu, o Réu Rango + Bira. A operação, que iniciou em janeiro, pretende ser um lugar para os entusiastas da cultura de rua na Capital. 
Tomás Moreira, sócio do negócio com Pedro Neves, Fred Neves e André Nunes, conta que a ideia é, justamente, abrigar quem, em algum momento, torna-se réu do julgamento de quem passa pela frente do bar na rua Fernando Machado, n° 1.168. "Chegamos ao conceito de Réu, porque é uma marca muito da rua, que atende o público que está passando, que fica ali pela frente, que não gosta muito de entrar nos bares. Normalmente, esse público acaba sendo muito julgado por quem passa por estar na rua", explica Tomás. A operação faz parte do Grupo Céu, que abriga o Céu Bar e Arte, Céu Lado B, Rango do Céu, Céu de Verão, em Atlântida, e Céu na Rua, uma produtora de eventos. 
O novo braço do negócio surgiu pelo desejo dos sócios de investirem naquela região do Centro de Porto Alegre. Durante a pandemia, a Void, que funcionava no local, deixou o ponto, que despertou interesse do grupo. "É uma das ruas que está mais em ascensão, tem um movimento muito bom, um potencial gigante por estar do lado do Centro", destaca Tomás. A ideia do negócio é atender à demanda por bar e lancheria na região, com a proposta de ser uma operação rápida e que atraia pela simplicidade. Para enfatizar esse conceito, os lanches saem da cozinha, que fica no mezanino, e chegam até o balcão por um escorregador. "Com a cozinha no mezanino, não teríamos como mandar os lanches. Então, pegamos o conceito de cozinhas que têm em outros lugares do Brasil, criamos uma proposta diferente, onde o lanche é preparado, embrulhado e, então, escorrega para a parte de baixo onde entregamos para o cliente", detalha o empreendedor.  
O cardápio foi desenvolvido pensando em itens que possam ser consumidos na rua, em pé. Por isso, os hambúrgueres e sanduíches são a aposta dos sócios. Segundo Tomás, a montagem do hambúrguer é um dos diferenciais do local, já que o cliente pode montar, passo a passo, o seu lanche. "São cinco passos. Primeiro, ele escolhe a carne que quer, que já vem com um queijo adequado, e se quer duplo ou não. A partir daí, vai para o complemento, que pode ser salada, picles, ovo, bacon. O quarto passo é o que considero mais bacana, que é o molho, então se consegue escolher o sabor do lanche. Depois escolhe o acompanhamento, que pode ser uma batata frita bem fininha, batata rústica ou os anéis de cebola."
Dandi Albuquerque/Divulgação/JC
Com investimento de R$ 150 mil na operação, os sócios planejam, ainda para 2021, expandir o modelo. Tomás revela que a ideia é abrir, pelo menos, mais dois espaços com a marca em Porto Alegre. "Queremos fazer essa loja funcionar direitinho para depois começarmos a expansão. Queremos expandir para mais dois pontos em Porto Alegre, no Quatro Distrito ou na região da avenida Nova York, para depois tentarmos sair fora do Estado, para o Paraná, São Paulo", afirma Tomás, que conta com cinco funcionários na operação do Réu Rango + Bira. 
Com o espaço aberto há dois meses, Tomás diz que os sócios decidiram fechar totalmente a operação nesta semana, em virtude da bandeira preta. "Está sendo um desafio enorme, estamos totalmente fechados, sem delivery ou take away. É um momento muito crítico, e não queremos colocar nossos funcionários nessa situação. Estamos com receio, querendo ajudar, porque se não pararmos de vez, o vírus não vai parar de se disseminar", pondera. Apesar do cenário delicado, os sócios não consideraram a possibilidade de adiar a inauguração. "Estávamos com o ponto pronto, não tínhamos como recuar. A abertura foi muito boa, tivemos bastante movimento. Como a galera fica na rua, não fica embolada dentro de um lugar fechado, fazia sentido fazer a inauguração do bar em janeiro e tocar adiante. Acreditamos que depois de passarmos por esse pico, as coisas vão voltar. Estamos em uma parte muito boa da cidade, perto da Cidade Baixa, Bom Fim, Independência, Moinhos de Vento. Acreditamos muito naquela área seja por tele-entrega ou venda no balcão", afirma Tomás. 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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