Isadora Jacoby

O Naro abriu as portas dezembro

Restaurante japonês de Gramado investe em carrinho de saquê

Isadora Jacoby

O Naro abriu as portas dezembro

Na serra gaúcha, não faltam restaurantes que oferecem comidas típicas italianas e alemãs. Percebendo as poucas opções de culinária asiática na região, Marlon Schimitz, 27 anos, abriu, em dezembro, o Naro, restaurante de comida oriental em Gramado.
Na serra gaúcha, não faltam restaurantes que oferecem comidas típicas italianas e alemãs. Percebendo as poucas opções de culinária asiática na região, Marlon Schimitz, 27 anos, abriu, em dezembro, o Naro, restaurante de comida oriental em Gramado.
Trabalhar com gastronomia faz parte da vida do empreendedor. Há mais de 15 anos, sua família se dedica a operações de buffet em Gramado e em Canela. A pandemia e as consequentes restrições ao modelo de negócio fizeram com que Marlon estruturasse o projeto. "Sempre trabalhamos com buffet. Com a pandemia, ficamos parados, sem poder atender self-service. Notamos que, em Gramado, caberia algum restaurante com uma pegada diferente, e comida japonesa foi a primeira ideia que tivemos", contextualiza Marlon, que encontrou o sócio para a empreitada no seu restaurante japonês preferido da cidade. "Fizemos uma parceria com o sushi que somos clientes, do chef Jonas Roso, um dos melhores da região na gastronomia japonesa", explica.
Com a ajuda do irmão, João Victor dos Santos, que também integra a operação, eles viajaram a São Paulo para buscar referências e trazer novidades para a Serra. Foi nessa pesquisa de mercado que surgiu uma das apostas da operação: o carrinho de saquê, bebida alcoólica fermentada tradicional do Japão. Marlon conta que, na capital paulista, bebe-se muito mais saquê que na Região Sul. Pensando em trazer essa cultura para cá, os sócios inseriram na operação um carrinho da bebida que circula pelo espaço. "Trouxemos saquês importados direto do Japão. Passamos o carrinho nas mesas e apresentamos um pouco da bebida, oferecendo uma degustação. Em São Paulo, qualquer lugar tem uma carta enorme de saquê e aqui não é tão comum. Sou apreciador da bebida, então quis trazer essa ideia para cá. Fizemos curso para entender mais e tentamos passar essa cultura, tanto servindo só o saquê quanto nos drinks", afirma Marlon.
Outra aposta dos empreendedores foram pratos menos convencionais de comida asiática como as robatas, uma espécie de espetinho oriental grelhado. O empreendedor afirma que, em breve, novas opções quentes devem reforçar essa proposta. "Teremos missoshiro, carnes grelhadas e lámen, que é difícil encontrar aqui no Sul", afirma. No primeiro mês de operação, a preferência da clientela foi a sequência da casa, que custa R$ 148,00 por pessoa e conta com entradas quentes, frias e as especialidades do chef.
O espaço, que fica na rua Senador Salgado Filho, n° 190, no centro de Gramado, teve investimento de mais de R$ 1 milhão, montante que os sócios estimam recuperar em um ano e meio de operação. Abrindo todos os dias no almoço e no jantar, Marlon explica que o horário de funcionamento foi um dos principais desafios trazidos pela pandemia. "Foi complicado pela restrição de horários, tínhamos que mandar os clientes embora. Colocamos na fachada o ano de 2020 como uma marca para que todos saibam que abrimos na pandemia", orgulha-se.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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