Isadora Jacoby

Com deck voltado para a mata nativa, o Refúgio do Moinho aposta na experiência do isolamento em meio à natureza

Empreendedora oferece cabanas para que turista se sinta em uma casa na árvore

Isadora Jacoby

Com deck voltado para a mata nativa, o Refúgio do Moinho aposta na experiência do isolamento em meio à natureza

As férias de verão não serão as mesmas em 2021. Depois de um ano atípico, a estação mais quente do ano também estará diferente. Com as restrições mudando dia a dia no litoral em função da Covid-19, opções de turismo que proporcionem maior isolamento social se destacam. Poucas vezes antes, uma casa cercada de mato e árvores, sem nada por perto, pareceu tão atraente para curtir as férias como agora.
As férias de verão não serão as mesmas em 2021. Depois de um ano atípico, a estação mais quente do ano também estará diferente. Com as restrições mudando dia a dia no litoral em função da Covid-19, opções de turismo que proporcionem maior isolamento social se destacam. Poucas vezes antes, uma casa cercada de mato e árvores, sem nada por perto, pareceu tão atraente para curtir as férias como agora.
Quem oferece esse tipo de acomodação sente os impactos dessa mudança. Victoria Glumcher, 63 anos, é uma das proprietárias do Refúgio do Moinho, um sítio em Lindolfo Collor, município distante cerca de 60km de Porto Alegre. A área, que foi moradia da empreendedora por 28 anos, há cinco, tornou-se uma opção de turismo para quem deseja ficar próximo da natureza. A empreitada começou com o aluguel da casa em que morava.
"Ela ficou grande, e eu estava precisando de uma renda. Então, decidi alugar no Airbnb e deu certo. Eu ia e voltava quando não tinham hóspedes, até que decidi arrumar outras casinhas que tinham aqui no sítio", lembra Victoria. "A acomodação é estrategicamente localizada entre o Aeroporto Salgado Filho, Gramado e o Vale dos Vinhos. Está a cerca de 65km de cada um desses lugares. Além do pessoal da região, veio gente de todo o Brasil, como Belém do Pará, Rio de Janeiro", complementa.
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
O sucesso da estadia foi tanto que, recentemente, hóspedes frequentes do espaço compraram uma parte do terreno. Victoria usou o valor do imóvel e dos três hectares de terra repassados para reinvestir no negócio. Assim, surgiu o Studio da Árvore, que começou a ser alugado poucos meses antes da pandemia. A cabana acomoda dois hóspedes e custa, em média, R$ 240,00 por noite.
A empreendedora afirma que caminhou na mata até achar o local ideal para construir o espaço, que foi desenhado por ela, idealizado por uma arquiteta e construído por um marceneiro artesão.
"Não é na árvore, mas em volta delas, para que o deck fique na mesma altura, dando a sensação de estar na árvore mesmo. Sempre quis que as casas tivessem muito conforto. Tem tela para mosquitos, ar-condicionado, uma cozinha muito prática, mas muito rústica ao mesmo tempo, porque uma coisa não tira a outra. Me coloco no lugar de quem eu vou hospedar e penso o que gostaria de ter dentro do mato. São casas com alma", afirma.
Com as reservas lotadas até maio, Victoria percebe que a pandemia aumentou o interesse por lugares como o que ela oferece.
"A pandemia fez as pessoas se questionarem muito se vale a pena morar em local fechado. Elas querem esse contato com a natureza. Aqui, as casas são bem distantes, nos caminhos não têm ninguém. O hóspede tem total privacidade, pode não ter contato com ninguém, e estar em um paraíso", expõe.
O crescente interesse fez Victoria colocar a mão na massa para ampliar a oferta. Em fevereiro, deve liberar uma nova cabana para aluguel, que está em fase de finalização. Para 2021, planeja, ainda, construir duas novas, priorizando que sejam distantes e em meio à mata. "Sempre nas árvores e com vista", garante.
Um dos atrativos, segundo ela, é a trilha até o Arroio Serraria, que corta a propriedade. O passeio é exclusivo para hóspedes, já que o Refúgio do Moinho não é aberto ao público. Com grande procura, Victoria atribui a agenda cheia ao atendimento e relação com os hóspedes.
"Sou superhost no Airbnb (anfitriões avaliados com cinco estrelas). Fico disponível pelo WhatsApp 24h para atender, mas tento me adiantar às necessidades que os hóspedes possam ter. Não é só uma casa no mato, na árvore, é todo um trabalho que tem junto", afirma.
O local pode ser alugado pelo Airbnb ou por contato pelas redes sociais (@refugiomoinho).
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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