As peças íntimas não precisam, necessariamente, ficar escondidas embaixo das roupas. Elas podem funcionar como aliadas no estilo de cada mulher na hora de se vestir. Pensando nisso, Alessandra Fonseca, 25 anos, criou, neste ano, a Alexia Intimates, loja online de lingeries que vão do tamanho 36 ao 54, que tem como lema “lingeries para serem vistas”.

Alessandra é mãe solo e sempre sonhou em ter o seu próprio negócio, mas tinha medo de seguir com o projeto. “Já tinha tentado outras coisas antes, mas sempre acabava desistindo, achava que deveria ter mais experiência profissional antes de abrir um negócio. Foi aí que eu passei no vestibular da Ufrgs, outra coisa que sempre quis. Ao saber da aprovação no vestibular, comecei a pensar formas para continuar estudando”, conta.

Com a pandemia, momento em que muitas lojas fecharam, Alessandra voltou a pensar sobre ter um negócio próprio. Foi conversando com um amigo que a empreendedora decidiu se arriscar. Antes de ter um negócio focado em lingeries, Alessandra não se interessava muito por esses itens e até achava desnecessário pagar um preço alto por peças que vão ficar escondidas embaixo de outras roupas. ”Mas lingerie, hoje, é algo que vem se reinventando e deixando de ser só uma peça escondida. Comecei, então, a procurar por modelos que entregam versatilidade para as mulheres”, explica Alessandra.

Com um investimento inicial de R$ 600,00, Alessandra se preocupou, desde o começo, em trazer modelos negras para apresentar as peças, que variam de R$ 49,90 a R$ 69,90. Ela admite que, no início, sentia receio que houvesse alguma reclamação por não utilizar modelos brancas, mesmo que marcas que só retratam essas mulheres não sofram esse tipo de pressão. Mesmo não trabalhando com produção própria, a empreendedora faz questão de fotografar as modelos com as peças, não utilizando as fotos prontas dos fornecedores, pois a representatividade de mulheres reais é importante para ela. “Lingerie tem muito de autoestima e sensualidade. Quero que meninas e mulheres, assim como eu, sintam-se representadas, independentemente de ser gorda, magra, ter muito ou pouco seio. Acredito que esse seja um grande diferencial da minha loja. Não é só lingerie, é representatividade e autoestima”, pontua.

A loja começou no online e Alessandra pretende continuar assim, sem um espaço físico. No entanto, há planos de alugar um escritório onde possa organizar melhor seu estoque. As encomendas são feitas pelo site alexiaintimates.com.br e entregues em todo Brasil. “A loja tem só seis meses e já cheguei a vender para o estado do Amazonas. Fiquei muito surpresa com o poder que a internet tem de fazer as coisas chegarem tão longe e de maneira tão rápida”, comemora.