É crescente o número de startups que investem em tecnologias educacionais. Estão ativas, no Brasil, 449 Edtechs, segundo o Mapeamento Edtech 2019, publicado pela Associação Brasileira de Startups em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira. O Rio Grande do Sul está em quinto lugar no ranking nacional em maior número de empreendimentos educacionais tecnológicos, tendo 6,7% do total. A Impare Educação é uma dessas empresas e está lançando um aplicativo com conteúdos e atividades que contribuem para a formação de professores e alunos.

Desde 2014 no mercado de inovação, é uma das startups incubadas no Parque Tecnológico da Unisinos, em São Leopoldo. Hoje, há quatro sócios e um dos objetivos é transformar a realidade da educação brasileira.

Ela foi fundada com o propósito de trabalhar a educação musical nas escolas. Porém, com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, em 2017, a startup aderiu a um novo caminho: desenvolver metodologias socioemocionais.

"Foi nessa época que passamos da linguagem musical para o desenvolvimento de competências socioemocionais. A partir disso, começamos a pivotar o nosso negócio. Em 2019, ingressamos no parque tecnológico da Unisinos, porque nosso modelo era escalável e tínhamos como projeto um aplicativo", comenta Fátima Burin, sócia da Impare Educação.

Em seis anos de história, a startup gaúcha já atendeu mais de 60 municípios brasileiros e 160 mil alunos. No momento, as principais parcerias da Impare são com cidades paulistas, e a empresa está realizando testes de novos produtos em duas escolas particulares de Educação Infantil de São Leopoldo.

A Impare tem uma metodologia que trabalha com a multidimensionalidade das pessoas, como as dimensões sociais, físicas, intelectuais, emocionais, entre outras. Além disso, os materiais desenvolvidos são baseados em três macro competências: atingir objetivos, trabalhar em grupo e lidar com as emoções. Apesar do setor da educação ter sido atingido diretamente pelas consequências da pandemia do novo coronavírus, a Impare seguiu pensando em soluções e em metodologias educacionais. No mês de setembro, lançou o aplicativo. "Tem planejamentos de aula, projetos de trabalho e uma comunidade de troca entre os professores, para compartilhamento de ideias", expõe Fátima.