O empreendedorismo existe para solucionar problemas da sociedade e seu combustível para a continuidade é, justamente, a atenção a novas possibilidades. Uma dessas oportunidades surgiu em uma escola da rede de ensino de Porto Alegre. A dificuldade em questão era a comunicação entre professores e pais. A solução foi sugerida pela Edufy, que desenvolveu um aplicativo que atendesse às demandas da escola.

Um dos principais pedidos era a substituição de agendas físicas por virtuais, para dar mais agilidade aos processos. O aplicativo foi implantado e testado durante um ano. A partir daí, a ideia foi criar uma solução que abrangesse todas as áreas da escola, melhorando a comunicação.

Atualmente, são três sócios no negócio: Juliano Mallmann Cardoso, Mauro Roberto Bitencourt e Silvio Luis Sampaio. Segundo o gerente de produto, Paulo de Souza, a startup não recebeu aporte financeiro externo até o momento. Os sócios da Edufy também não participaram de nenhuma mentoria externa.

A iniciativa foi oficialmente lançada em maio de 2017. Apesar de querer abrir o leque de opções de mercado futuramente e se apresentar como uma empresa com soluções para todo o tipo de organização, o foco atual é na Educação.

Há 21 módulos diferentes para se contratar dentro do aplicativo e, conforme os escolhidos e o número de alunos da instituição, é estipulado o valor a ser pago por escola. As soluções compreendem sala de aula, secretaria, financeiro, passeios, eventos e portaria.

Há dois grandes destaques na plataforma. O primeiro auxilia a troca de agenda de papel por uma virtual. Dessa forma, os pais podem acessar a agenda de qualquer lugar, facilitando o diálogo com os professores.

Um segundo ponto ressaltado pela equipe é a personalização que o aplicativo recebe, conforme a escola contratante. O design é modificado com fotos e logos, para a fácil identificação na loja de aplicativos.

O sócio Juliano Mallmann conta que o desenvolvimento do app se deu através do programa da prefeitura de Porto Alegre Start.edu, que seleciona startups para que seus serviços sejam implantados nos setores da Educação. A seleção, da qual a Edufy participou, aconteceu em 2019.

"Passamos mais de um ano envolvidos com o projeto, mas, com a pandemia, parou tudo de vez", lamenta ele, sobre a suspensão temporária da aceleração.

Na visão de futuro, a startup pretende expandir sua atuação para outros países da América e da Europa. Também é provável, segundo Paulo de Souza, que em um futuro próximo seja utilizada a chamada Internet das Coisas para oferecer mais opções aos usuários.