Vitorya Paulo

Aplicativo já conta com mais de 2 mil downloads

Empreendedoras criam plataforma para criar rede de apoio entre mães

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Aplicativo já conta com mais de 2 mil downloads

Ser mãe é um processo transformador e exige muita atenção das mulheres. O caminho da maternidade, porém, pode ser solitário, cheio de dúvidas e inseguranças, visto que ter um filho ou uma filha é assumir uma grande responsabilidade pela vida inteira. Foi vivenciando esses desafios e tendo vontade de ajudar outras mulheres que as empreendedoras gaúchas Mariana Bertiz e Taís Saraiva criaram o aplicativo Benditas Mães.
Ser mãe é um processo transformador e exige muita atenção das mulheres. O caminho da maternidade, porém, pode ser solitário, cheio de dúvidas e inseguranças, visto que ter um filho ou uma filha é assumir uma grande responsabilidade pela vida inteira. Foi vivenciando esses desafios e tendo vontade de ajudar outras mulheres que as empreendedoras gaúchas Mariana Bertiz e Taís Saraiva criaram o aplicativo Benditas Mães.
Sócias de um e-commerce de enxoval de bebê, elas decidiram, em 2019, vender o negócio para se dedicar integralmente ao novo projeto. Assim, a empresa foi destaque do StartupRS 2020, principal programa de aceleração de startups do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Nessa entrevista, elas explicam como a plataforma funciona e contam como é ser mãe e empreendedora:
GeraçãoE - Como o Benditas Mães foi criado?
Taís Saraiva - Criamos o Benditas Mães (BM) após vivenciarmos juntas os desafios da jornada materna, que é um momento mágico, mas também muito solitário, carregado de dúvidas e inseguranças. Éramos sócias em um e-commerce de enxoval de bebê e, da vontade de ajudar as mães de forma mais significativa, nasceu o Benditas Mães, uma plataforma que traz conexões sendo uma verdadeira Rede de Apoio Materna.
GE - Quais recursos/produtos as mães podem encontrar no app?
Mariana Bertiz - As mães podem se conectar através de geolocalização e interesses comuns para trocar experiências através dos grupos e, também, dos chats individuais. Elas podem contratar profissionais especializados em saúde e bem-estar materno-infantil, além de ter acesso a um clube de benefícios e muito conteúdo no blog colaborativo.
GE - Quais os motivos pelos quais você acredita que o processo da maternidade ainda é tão solitário?
Mariana - A solidão materna não está ligada somente à falta de uma rede de apoio física, mas tambémà falta de empatia e de acolhimento. Muitas das mães se isolam nesse momento por não se sentirem compreendidas no grupo atual (família/amigos). As mulheres vivem intensamente a maternidade, que, apesar de linda, é muito desafiadora. Muitas vezes, é preciso buscar um novo círculo de apoio, o qual, idealmente, é composto de mães como elas, que passaram pelos mesmos desafios.
GE - Como o crescimento das discussões sobre assuntos relacionados à maternidade (parto humanizado, violência obstétrica etc) pode contribuir para o crescimento do negócio?
Taís - As mães, cada vez, mais buscam informações e trocas de experiências, canais que "abram as portas" de forma empática para essas discussões que fazem muito sentido. Nosso app traz a oportunidade de as mães falarem sobre qualquer tema relacionado à maternidade.
GE - A pandemia contribuiu ou afetou o negócio de alguma forma? Como está sendo esse período?
Taís - A pandemia intensificou o sentido e a necessidade de uma rede de apoio online, que é a proposta do BM. O lançamento do app foi feito no final de agosto, em plena pandemia, e o retorno tem sido bem bacana, com mais de 2 mil downloads e mais de 500 interações nos posts.
GE - Quais são os principais desafios de ser mãe e empreendedora?
Mariana - Quando uma mãe decide empreender, de certa forma, ela decide ter mais um filho. Empreender requer estudo, dedicação e, assim como na maternidade, muita resiliência. Precisamos constantemente tentar equilibrar nossosmúltiplos papéis.
GE - Há alguma ideia para contemplar os pais?
Mariana - Idealizamos a plataforma para as mães, mas sabemos que uma comunidade para os pais faz muito sentido também, pois hoje em dia os pais são bem participativos. Já recebemos diversos pedidos para os "Benditos Pais".Quem sabe no futuro?!
GE - Quais são os próximos passos para a empresa? Fale sobre planos ou projetos futuros.
Taís - Queremos chegar em todos os cantinhos do Brasil, oferecendo acolhimento e muitas conexões para milhares de mães. Vamos aumentar as opções de serviços especializados que facilitem a jornada materna. No próximo ano, queremos, ainda, disponibilizar o aplicativo para as mães expatriadas, que vivenciam os desafios da maternidade fora do Brasil.
GE - Como o Benditas Mães pode inspirar outras mulheres?
Taís - Nosso desejo é inspirar as mulheres a unirem forças, seja na maternidade, na carreira, no empreendedorismo... Somos muito mais fortes quando colaboramos, não quando competimos.
Vitorya Paulo

Vitorya Paulo - repórter do GeraçãoE

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