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22 de Setembro de 2020 às 09:51
PODCAST
Mauro Belo Schneider
GE
Mauro Belo Schneider
Empresária foi criticada na internet por continuar operando por delivery e takeaway
Empreendedores enfrentam novo desafio de lidar com clientes que não respeitam regras contra Covid
Mauro Belo Schneider
Empresária foi criticada na internet por continuar operando por delivery e takeaway
A responsável pela cafeteria Chocólatras do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, Leca Heinzelmann, enfrentou uma situação desafiadora na semana passada. Ela foi criticada por um cliente nas redes sociais por continuar operando apenas por delivery e takeaway. Em tempos de Covid-19, novos atritos como esse foram impostos na relação entre público e empreendedores.
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A responsável pela cafeteria Chocólatras do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, Leca Heinzelmann, enfrentou uma situação desafiadora na semana passada. Ela foi criticada por um cliente nas redes sociais por continuar operando apenas por delivery e takeaway. Em tempos de Covid-19, novos atritos como esse foram impostos na relação entre público e empreendedores.
“O que o cliente acha que seria obrigação, nós vemos como opção, e escolhemos não abrir o salão neste momento e promover conscientização. Nada contra outros cafés que precisam ou entendem que têm condições de abrir. Na verdade, é ótimo que haja opções para quem faz questão de estar saindo neste momento. É liberdade de escolha”, defendeu-se Leca pelo Facebook.
O post serviu de inspiração para um episódio do podcast do GeraçãoE, que recebeu Leca e o analista de competitividade setorial do Sebrae-RS, Roger Klafke. O especialista diz que os clientes precisam compreender que cada empresário adota uma postura.
“O consumidor poderia ter bom senso e entender que são decisões estratégicas das empresas. Algumas têm necessidade de abrir em função de dificuldade de renda e para sustentar suas famílias. Mas manter outro modelo de negócio é uma escolha do empresário”, enfatiza Roger.
Em alguns casos, o atrito está entre os próprios clientes, conforme o representante do Sebrae. Ele conta que uma pesquisa indica que há pessoas que não se sentem a vontade de ir a bares e restaurantes em função do comportamento de outros frequentadores. “O empreendedor pede o mínimo de comportamento e, às vezes, recebe ofensas. É um momento extramente confuso”, considera.
Leca afirma que o que guia suas decisões é o seu papel como cidadã. “Sou aluna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), uma instituição que é referência para mim e que não voltou com aula presencial. Não me sinto à vontade de reabrir”, justifica. “Não entendo qual a necessidade que algumas pessoas têm de nos pressionar para que estejamos nesse grupo de abertura. Respeito quem abre e quem quer sair para comer. Só peço esse respeito de volta”, completa Leca.