E lá vem o adversário, o outro competidor. Assim é instintivamente trabalhado nosso olhar para despontar nas questões diárias, em meio aos negócios. Queremos vencer e isto nos impulsiona.

Porém, aqui está um discurso altruísta de uma empreendedora, em meio à pandemia, que deseja um grito de liberdade para os que marcham na mesma direção e podem, de fato, tirar a venda dos olhos e valorizar aquele que corre ao lado.

É possível apostar numa rede colaborativa mais simpática e empática em todos os setores. Sim, seu concorrente pode ser uma opção ao seu cliente ou prospect. Sugerir a "loja do lado" também é entender suas dores, valorizar os pontos fortes e fazer o nicho como um todo crescer, especialmente em um momento tão atípico como esse.

Mesmo na área da comunicação, se nos fundamentarmos na sustentação e estratégia econômica e quisermos abraçar o mundo, não estaremos trabalhando verdadeiramente sua eficácia e a rede de relacionamentos, muito menos fechando bons negócios. Nenhum trabalho flui como deve sem encontros saudáveis e diálogos produtivos.

Olhar para seu maior "concorrente", colaborador de segmento ou mesmo o concorrente com maior trajetória e expertise, é saber reconhecer o que dá certo, ser grato pelo aprendizado. Também inovar e desenhar novos caminhos.

Investir tempo e conhecimento não deve fazer você fechar sua caixa, embriagado em posses. Bonito e eficaz é saber compartilhar. Não há fórmula para o sucesso e ninguém está imune ao fracasso. Quando menos esperamos, a roda gigante continua a girar e o que estava em cima, passa a estar embaixo. Então começa a rodar novamente.

O mercado está desfrutando de um cardápio variado, com sede de mudança e a cabeça mergulhada em um "mundo virtual paralelo", nestes dias isolados. É uma corrida a favor da tecnologia em todas as empresas. E quem estava nos bastidores passa a ganhar voz nas plataformas on-line.

Se você ama o que faz e sabe o que faz, também sabe olhar para o lado e reconhecer o que é melhor naquele momento. E pode não ser você.