Isadora Jacoby

A Maple Bear tem oito unidades em fase de implementação no Estado

Escola bilíngue canadense mira o RS

Isadora Jacoby

A Maple Bear tem oito unidades em fase de implementação no Estado

Em meio às transformações na educação ocasionadas pela pandemia, a escola canadense bilíngue Maple Bear está em processo de expansão no Estado, com oito unidades em fase de implementação, sendo duas em Porto Alegre e as outras em Canoas, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Santa Maria. Além dessas unidades, a rede de franquias pretende chegar em breve a outros municípios gaúchos, como Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Bento Gonçalves, Gravataí, Viamão, Erechim, Uruguaiana, Cachoeirinha, Bagé, Sapucaia do Sul, Alvorada, Gramado e Canela. Nesta entrevista, o diretor de franquias da Maple Bear, Adriano Magalhães, fala sobre os desafios da educação bilíngue e faz um panorama sobre o mercado de educação por meio do sistema de franchising.
Em meio às transformações na educação ocasionadas pela pandemia, a escola canadense bilíngue Maple Bear está em processo de expansão no Estado, com oito unidades em fase de implementação, sendo duas em Porto Alegre e as outras em Canoas, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Santa Maria. Além dessas unidades, a rede de franquias pretende chegar em breve a outros municípios gaúchos, como Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Bento Gonçalves, Gravataí, Viamão, Erechim, Uruguaiana, Cachoeirinha, Bagé, Sapucaia do Sul, Alvorada, Gramado e Canela. Nesta entrevista, o diretor de franquias da Maple Bear, Adriano Magalhães, fala sobre os desafios da educação bilíngue e faz um panorama sobre o mercado de educação por meio do sistema de franchising.
GeraçãoE - Como a rede chegou ao Brasil e quais as especificidades de trabalhar com educação no País?
Adriano Magalhães - A escola Maple Bear chegou ao Brasil em 2006, por intermédio da Maple Bear Global Schools, e logo conquistou os pais por oferecer um sistema de aprendizagem centrado no aluno em um ambiente seguro e estimulante. Em 2017, após ser adquirida pelo grupo SEB, revisou processos, ferramentas, sistemas e gestão, impulsionando a expansão da rede no País. Atualmente, conta com 140 escolas em operação - e outras 100 em implantação - em todos os estados do Brasil, demonstrando a solidez e escalabilidade do negócio. Com a globalização e a maior concorrência no mercado de trabalho, vem crescendo a demanda por ensino bilíngue no Brasil e no mundo. No País, temos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento homologado pelo Ministério da Educação (MEC) e que determina as competências (gerais e específicas), as habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica - Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Escolas públicas e particulares devem seguir essas diretrizes. Já no Canadá, o que torna o sistema de ensino padrão é a metodologia. Cada província possui independência para desenvolver os currículos.
GE - Quais as principais diferenças da estrutura de ensino canadense para a brasileira?
Adriano - A Maple Bear segue 100% das diretrizes do MEC e prepara o aluno por meio de uma metodologia diferenciada. A formação é voltada, primeiramente, para que o aluno aprenda a aprender, por meio de projetos realizados. O ensino prepara o aluno para se tornar apto a atuar e ser um agente de transformação em qualquer lugar do mundo. Em resumo, o programa da Maple Bear privilegia o pensamento crítico, a investigação, tomada de decisões e a resolução de problemas, aplicando esse conceito a todas as disciplinas e áreas do conhecimento, como português, matemática, ciências, linguagem de programação, estudos sociais, música e artes. Em nosso programa, os três primeiros anos são ministrados 100% em inglês e nos anos seguintes 50% das aulas. Com isso, o aluno desenvolve uma fluência muito rapidamente. A escola traz uma metodologia na qual o aluno é protagonista no processo de aprendizagem, cujo foco se dá no desenvolvimento de suas habilidades, em detrimento da memorização inerente ao método de escolas tradicionais. Formamos um cidadão muito mais preparado para um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, competitivo e globalizado.
GE -  Quais os desafios de trabalhar com educação durante a pandemia? Como a escola tem operado neste momento?
Adriano - A chave em todo este processo se resume em comunicação e empatia. Professores e franqueados receberam treinamentos específicos para capacitá-los quanto ao uso de ferramentas digitais e, ao mesmo tempo, instruí-los para que pudessem orientar melhor os pais frente a este cenário de crise. Foram também desenvolvidos manuais com todos os protocolos necessários. Como solução para mantermos o ensino de excelência nas escolas com as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, a Maple Bear implementou o Digital Learning Community, comunidade online de ensino canadense e bilíngue. A iniciativa é voltada a alunos dos ensinos Infantil, Fundamental e Médio e inclui ferramentas digitais de interação, conteúdos exclusivos, atividades educacionais e orientações para pais e professores. Alinhada com a proposta pedagógica da rede canadense, a plataforma mescla interações em português e inglês. Há uma programação diária de atividades a serem cumpridas, permitindo que o conteúdo programático continue sendo aplicado parcialmente e com supervisão próxima de pais e professores. A Maple Bear Digital Learning Community entrou em operação no início de março, e mais de 100 unidades já integram a iniciativa com os seus alunos. O Digital Learning Community é baseado em três pilares: rotinas diárias (orientadas pelo professor para realização pelas famílias em casa), materiais do educador para planejamento das atividades e orientações e ferramentas para a comunicação diária entre escola e famílias para o gerenciamento do aprendizado. Suportando essas atividades, a Maple Bear faz uso de aplicativos escolares, Google Hangouts e o Bulb (para compartilhamento de melhores práticas e resultados). Em algumas escolas, está sendo utilizado também o Google Classroom, especialmente no ensino infantil, no qual o aprendizado é construído por meio de brincadeiras e incentivos variados. São disponibilizadas, ainda, leituras interativas exclusivas da Maple Bear e e-books de acordo com a faixa etária.
GE - Por que apostar em uma educação bilíngue? Como essa questão é trabalhada em sala de aula?
Adriano - Quando falamos em bilinguismo, é importante ressaltar que se trata de algo maior do que dominar uma segunda língua. Significa que o aluno irá aprender a pensar em dois idiomas. Isso quer dizer que as disciplinas, com exceção do português, são ministradas em inglês. Neste contexto, o ensino bilíngue genuíno promove uma verdadeira imersão do aluno, desde cedo, na segunda língua. Neste sistema, se reproduz a forma com que aprendemos a nossa língua mãe, inicialmente com um período de simples exposição ao idioma, para primeiro escutar e ir compreendendo as primeiras palavras, sons e entonações. Depois, paulatinamente, vem a questão da fala, com interações mais simples, depois com maior complexidade. Neste cenário, a necessidade de falar e interagir com o meio e os colegas é o grande impulsionador da aprendizagem, contando também com o incentivo e orientação dos professores. Nas escolas da rede, até os três anos, 100% das interações e aulas são realizadas em inglês, passando dos quatro anos em diante a ser 50% em inglês e 50% em português, seguindo a legislação vigente no Brasil. De forma geral, nossos alunos já são fluentes em inglês aos cinco anos. O desempenho em português é muito bom também, além de contarmos com grande engajamento dos pais em nossas atividades.
GE - O que o Rio Grande do Sul representa para o negócio de vocês?
Adriano - A região Sul é a segunda maior em número de unidades, atrás somente da região Sudeste. Representa quase 20% da rede Maple Bear. Ou seja, o estado do Rio Grande do Sul cobre 35% da região Sul.
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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