Mauro Belo Schneider

Jornalista de Pelotas detalha como está funcionando o projeto Eat Out to Help Out

Londres paga 50% da conta dos clientes para estimular ida a pubs, cafés e restaurantes

Mauro Belo Schneider

Jornalista de Pelotas detalha como está funcionando o projeto Eat Out to Help Out

Se até pouco tempo atrás a orientação era “fique em casa”, agora a mensagem em Londres, na Inglaterra, é “Eat Out to Help Out” (coma fora para ajudar). O governo inglês paga metade do valor da refeição do público para fazer com que a economia volte a girar em pubs, restaurantes e cafés. A iniciativa pode servir de inspiração para cidades brasileiras quando a pandemia do coronavírus estiver mais controlada.
Se até pouco tempo atrás a orientação era “fique em casa”, agora a mensagem em Londres, na Inglaterra, é “Eat Out to Help Out” (coma fora para ajudar). O governo inglês paga metade do valor da refeição do público para fazer com que a economia volte a girar em pubs, restaurantes e cafés. A iniciativa pode servir de inspiração para cidades brasileiras quando a pandemia do coronavírus estiver mais controlada.
O jornalista Matheus Piovesan, 32 anos, de Pelotas, que trabalha com marketing digital e em uma cervejaria em Londres, diz que a ação vale de segunda a quarta-feira, durante todo o mês de agosto em qualquer horário do dia. “São concedidos descontos de até 50% da conta final, num valor máximo de £ 10 por pessoa, sem considerar bebidas alcoólicas ou o serviço de mesa”, detalha Matheus.
Segundo ele, o governo tem um site para busca de quais restaurantes se cadastraram no programa - inclusive com identificação de proximidade, o que facilita na hora de priorizar os estabelecimentos que demandam menos deslocamento, evitando o metrô, por exemplo, e, por consequência, menos contato com outras pessoas. Foi feita uma campanha em noticiários e redes sociais para divulgar o projeto, que rapidamente se espalhou pelo boca a boca.
Matheus Piovesan/Especial/JC
“Houve um aumento considerável no movimento desses lugares nos dias da promoção. Muita gente, incluindo eu, estava evitando ir a restaurantes ou locais fechados por vários motivos. Não havia necessidade de ir a locais movimentados, com possibilidade maior de contágio, se é possível cozinhar em casa, até porque esta opção seria muito mais barata. Em tempos de pandemia, qualquer economia é importante. Mas o surgimento dessa campanha do governo ajudou a sacudir o mercado de hospitalidade”, considera o jornalista. Matheus conta que ficou mais viável, agora, almoçar ou jantar em restaurantes. Recentemente, ele fez duas refeições completas que custaram em torno de £ 10, algo que seria o dobro.
Os restaurantes britânicos precisam seguir procedimentos sanitários para atender ao público. As mesas têm que estar distantes um metro entre elas, é obrigatório higienizar as mãos com álcool em gel na entrada dos estabelecimentos e é preciso preencher uma ficha com dados pessoais (caso algum cliente descubra que contraiu o vírus, os locais por onde ele circulou serão acionados pelo sistema de saúde público). “Os estabelecimentos que podem oferecer mesas na rua estão fazendo isso. Caso contrário, há fitas adesivas no chão separando o espaço entre as mesas e cortinas de plásticos para reduzir o contato entre clientes. Os funcionários atendem de máscara, mas os clientes são dispensados de tal obrigação”, destaca.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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