Vitorya Paulo

Brechó Desapega Que Eu Pego surgiu no ambiente virtual

Do grupo no Facebook à startup

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Brechó Desapega Que Eu Pego surgiu no ambiente virtual

Usar a tecnologia em benefício da própria empresa é uma das lições que a pandemia da Covid-19 deixará para os próximos anos. Mas essa lógica já acompanha a vida empreendedora de Chamile Wiest, 36 anos, desde a fundação do brechó Desapega Que Eu Pego, em 2015. Nativo de um grupo de mulheres no Facebook, o negócio se desenvolveu tanto que também deu origem a outra ideia: a 4Brick, startup que desenvolve sistemas de venda e e-commerces para brechós.
Usar a tecnologia em benefício da própria empresa é uma das lições que a pandemia da Covid-19 deixará para os próximos anos. Mas essa lógica já acompanha a vida empreendedora de Chamile Wiest, 36 anos, desde a fundação do brechó Desapega Que Eu Pego, em 2015. Nativo de um grupo de mulheres no Facebook, o negócio se desenvolveu tanto que também deu origem a outra ideia: a 4Brick, startup que desenvolve sistemas de venda e e-commerces para brechós.
Formada em Moda e Administração, Chamile sempre teve em mente a meta de conquistar um público que não estava habituado a comprar em brechós. "Comecei vendendo um scarpin tigrado. Não é uma necessidade básica", lembra. Com curadoria cuidadosa, ela conta que sempre selecionou quais peças seriam anunciadas no grupo virtual que, hoje, está arquivado e não recebe mais postagens. Essa atenção criou uma relação de confiança com o público, principalmente nas feiras presenciais em que participava. "Nem precisava mais fazer tanta divulgação. As pessoas sabiam que iam encontrar roupa boa e barata", afirma.
Em 2018, depois de ocupar uma sala de dois metros quadrados no bairro Cidade Baixa, o brechó foi para um espaço de 80m² na rua Wenceslau Escobar. "Foi quando vi que tínhamos necessidade de atender o público infantil", conta. Almejando um lugar maior, a empreendedora encontrou na rua Sargento Nicolau Dias de Farias, nº 376, no bairro Tristeza, o que precisava: uma grande casa de esquina. Com duas funcionárias, o negócio continua pautado no mesmo cuidado com a escolha das roupas de quando ainda ocupava apenas a rede social. "Sempre digo: brechó não é meu concorrente. É o shopping, porque eu trabalho com quem compra na Zara, na Renner", diz.
Para gerenciar melhor a empresa e o estoque, que estava em constante expansão, além de facilitar a comunicação com as donas das peças que fazem negócio por consignação, Chamile contou com a ajuda do marido, Ezequiel Schneider, 37 anos, que é desenvolvedor de sistemas. Criaram, assim, um especial para o Desapega Que Eu Pego.
A empreendedora viu potencial em transformar a ideia em produto e nasceu a startup, que já passou pelo programa Startup RS, do Sebrae-RS. "Tenho cerca de 80 usuários no Brasil todo. Dois deles, em Portugal", celebra Chamile. Esse número de clientes, com a pandemia, dobrou. Para a empreendedora, o investimento em digitalização é um dos maiores legados da crise atual.
"Só tem um concorrente no Brasil para o sistema, e não é on-line", diz. Seguindo essa tendência, o brechó, agora, está terminando de fazer melhorias no e-commerce que, em breve, estará vendendo para todo o País. "O brechó cresce na crise. É uma forma de economizar e entender que esse é um formato válido de compra", avalia. Analisando sua jornada empreendedora dos últimos cinco anos, Chamile afirma que teria divulgado melhor o negócio. Pós-graduada em Marketing Digital, ela brinca que "santo de casa não faz milagre" e conta que, atualmente, tem uma pessoa para cuidar da parte de publicidade e redes sociais.
Vitorya Paulo

Vitorya Paulo - repórter do GeraçãoE

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