Luka Pumes

Psicóloga acredita que, de algum modo, as reuniões on-line vieram para ficar

Reuniões híbridas são tendência pós-pandemia

Luka Pumes

Psicóloga acredita que, de algum modo, as reuniões on-line vieram para ficar

À frente do grupo de consultoria organizacional que leva seu nome, a psicóloga Camilla Terra teve sua rotina e a de seus negócios completamente afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Para fazer a sua empresa sobreviver e garantir apoio à continuidade dos negócios que presta consultoria, a empreendedora buscou o entendimento de como lidar com tudo através da internet. Hoje, com as flexibilizações, o Grupo Camilla Terra atende de maneira híbrida, embora a demanda maior seja digital. Nesta entrevista, ela traça um panorama geral sobre as reuniões online e dá algumas dicas de como se organizar e fazer bonito na hora de conversar com colegas de trabalho, em processos de seleção ou qualquer que seja o evento.
À frente do grupo de consultoria organizacional que leva seu nome, a psicóloga Camilla Terra teve sua rotina e a de seus negócios completamente afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Para fazer a sua empresa sobreviver e garantir apoio à continuidade dos negócios que presta consultoria, a empreendedora buscou o entendimento de como lidar com tudo através da internet. Hoje, com as flexibilizações, o Grupo Camilla Terra atende de maneira híbrida, embora a demanda maior seja digital. Nesta entrevista, ela traça um panorama geral sobre as reuniões online e dá algumas dicas de como se organizar e fazer bonito na hora de conversar com colegas de trabalho, em processos de seleção ou qualquer que seja o evento.
GeraçãoE - O que um grupo perde ou ganha ao fazer uma reunião online?
Camilla Terra - Ganha, neste contexto atual, na questão de tempo e distância. Tenho feito reuniões aqui em Porto Alegre com pessoas do interior, de fora do Estado, de fora do País. Reuniões que, muitas vezes, eram presenciais e que demoravam uma manhã inteira para serem resolvidas, para chegar em conclusões que chegamos em uma hora, de maneira online. Ganha-se na objetividade. O outro lado da moeda é que se perde na interação. As relações interpessoais perdem bastante. Em uma reunião presencial, por se falar de outras situações, novos projetos e oportunidades podem surgir. Mas ainda acho que as reuniões online serão tendência daqui para frente.
GE - A pandemia fez com que muitos setores buscassem adaptação. As plataformas de reunião estavam preparadas para a demanda?
Camilla - Todo mundo foi pego de surpresa. Muitas plataformas, realmente, não estavam preparadas. Outras tiveram que se reinventar e se adaptar à nova realidade. Acredito que é muito bom termos acesso a essas plataformas de serviço virtual, que possibilitem um home office. Muitas empresas só se mantiveram vivas por causa da possibilidade do trabalho remoto. E esse trabalho só foi possível graças a essas plataformas gratuitas, mas também a outras estruturas personalizadas que empresas já dispunham antes da pandemia. 
GE - Zoom, Meet, Discord, Teams e outras tantas. Qual a melhor plataforma para reunião?
Camilla - Tudo depende do intuito e da demanda de cada grupo. No Meet, dá para colocar bastante gente e não tem essa questão do tempo. No Zoom, na forma gratuita, bastante gente, mas no máximo uma hora. Eu, particularmente, tenho usado bastante ele. Você acaba se identificando pela quantidade de vezes que usa. Antes da pandemia, eu nem conhecia, não fazia parte da minha rotina.
GE - Acredita que no pós-pandemia as reuniões continuarão acontecendo frequentemente de maneira não presencial?
Camilla - Acredito em um sistema híbrido. A parte presencial tem muita importância, mas as demandas mais urgentes podem ser tratadas de maneira online. Tenho clientes no interior que, para atendê-los, eram quatro horas de viagem. A própria terapia, que é minha outra área de atuação, pode ser feita assim. Tenho paciente em Miami. Não posso ir para lá para atender. 
GE - Quais as dicas para se preparar para uma reunião online?
Camilla - Primeiro de tudo, testar os equipamentos que serão usados. Há pessoas que deixam para baixar o aplicativo na hora de reunião. Falta organização e todos ficam esperando. Testar a conectividade da internet também é muito importante neste ponto. Depois, passamos para combinações com o pessoal de casa para não fazerem muito barulho e não ficarem aparecendo no vídeo, caso não haja um ambiente mais privado. Vestir-se de maneira adequada é de fundamental importância. Não é porque você está em casa que vai deixar de buscar uma boa imagem. Enquadramento do vídeo é muito importante também. Ainda é necessário cuidar o que vai estar atrás, seja em questão de uma janela que passe carros e tire o foco ou mesmo em um cenário bagunçado. Questões éticas, de educação digital, como desligar o microfone enquanto não está falando, são fundamentais.
GE - Quais as dúvidas que as pessoas mais tem sobre esse tipo de reunião?
Camilla - Justamente sobre a plataforma que vai ser usada para a reunião. O manejo da ferramenta, a novidade. As pessoas não estão 100% adaptadas e isso gera um certo medo, uma insegurança. Por isso mesmo, os testes são tão importantes.
Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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