Para selecionar ideias e contribuir com a expansão de negócios focados no público 60 , a Neo Química, marca do setor farmacêutico brasileiro, através do seu programa Neo Acelera, está promovendo a segunda edição do projeto Longevidade Ativa. Com inscrições já encerradas, o programa apoia projetos sociais que tenham potencial para ganhar escala. Neste ano, o foco são startups e negócios que promovam inovações reais para os principais desafios enfrentados pelo consumidor maduro.
São nove grandes temas que contemplam a iniciativa: aprendizagem ao longo da vida; ocupação e vida profissional; planejamento financeiro e saúde financeira; mobilidade e autonomia; movimentação e segurança; gestão integrada da saúde; cuidado e acompanhamento pessoal; mente ativa e saudável e cuidados com o fim da vida.
"Um dos desafios ao se desenvolver uma resposta ampla para o envelhecimento da população é olharmos para soluções segmentadas e sustentáveis no longo prazo. Uma parcela da população ainda sente dificuldade em encontrar produtos e serviços que enderecem suas necessidades especificas", afirma a gerente executiva da Neo Química, Natália Niro.
Para ela, os empreendedores que desejam trabalhar com esse tema devem, em primeiro lugar, entender a fundo o perfil de comportamento dessas pessoas. Natália destaca que elas respondem pela terceira maior atividade econômica do mundo, movimentando mais de US$ 15 trilhões por ano globalmente, e a busca por produtos e soluções segmentadas e personalizadas é cada vez maior, ao passo que a oferta ainda é desequilibrada.
"Necessidades não atendidas ao longo da vida, limitações de acesso e exclusão continuada sofrem um efeito acumulativo que se amplifica na velhice. Então, precisamos olhar para soluções que resolvam essas lacunas: qualidade de vida, mente ativa, mobilidade e segurança, aplicativos e programas de reinserção social e planejamento financeiro, por exemplo."
O Neo Acelera tem parceria com a investidora Yunus Negócios Sociais Brasil. Para Rafael Ucha, consultor em aceleração e inovação social da Yunus, o principal desafio de desenvolver negócios para o público 60 é desbravar um mercado em que poucos estiveram antes.
Segundo ele, esses indivíduos estiveram, até então, invisibilizados e marginalizados da sociedade em diversos aspectos. "Isso resulta em pouco conhecimento prévio sobre essas pessoas como consumidores. É necessário um trabalho para quebrar preconceitos e transformar percepções enviesadas e antiquadas que a sociedade ainda cultiva", destaca.
Desenvolver empatia, dar voz e envolver a população longeva no processo cocriativo dessas soluções são peças-chave.
"Um forte indício da importância disso é que muitos dos negócios bem sucedidos nesse segmento são capitaneadas por pessoas 60 , que se cansaram e resolveram, por conta própria, criar soluções para problemas que eles mesmos enfrentavam", afirma Rafael. Os negócios que estiverem concorrendo no programa Neo Acelera serão conhecidos em novembro deste ano.