Vitorya Paulo

Tecnologia para apartamentos não existentes é nova

Empresa investe em visitação virtual de imóveis

Vitorya Paulo

Tecnologia para apartamentos não existentes é nova

Visitar imóveis ou apartamentos decorados durante a pandemia de coronavírus é algo não recomendado pelas autoridades em saúde. Com as orientações para permanecer em casa, o mercado imobiliário viu, como outros setores, dificuldades para se manter ativo. Pensando nisso, a empresa gaúcha Neorama (neorama.com/walkin), especializada em narrativas audiovisuais arquitetônicas, desenvolveu um sistema de realidade virtual que permite que o usuário se movimente em tempo real pelo projeto.
Visitar imóveis ou apartamentos decorados durante a pandemia de coronavírus é algo não recomendado pelas autoridades em saúde. Com as orientações para permanecer em casa, o mercado imobiliário viu, como outros setores, dificuldades para se manter ativo. Pensando nisso, a empresa gaúcha Neorama (neorama.com/walkin), especializada em narrativas audiovisuais arquitetônicas, desenvolveu um sistema de realidade virtual que permite que o usuário se movimente em tempo real pelo projeto.
Essa virtualização, nomeada de Walk-In, custa cerca de 10% a 15% do que custaria para a incorporadora montar um decorado. Sem precisar de óculos 3D, plugins ou qualquer equipamento, o sistema necessita de boa conexão com a internet e um dispositivo, que pode ser o celular ou computador. Conforme explica a gerente comercial e de marketing da Neorama, Sabrina Lapyda, a plataforma concede ao potencial comprador de imóveis uma maior autonomia e liberdade no processo de compra. "Primeiro, a pessoa entende que quer comprar. Aí, começa a sondar, entender suas necessidades. Tem um momento nessa jornada que é individual, e essa ferramenta vem para agir nessa hora", afirma.
Antes da Covid-19, entende Sabrina, a cultura on-line nas empresas caminhava devagar. Com a pandemia, as decisões para se digitalizarem ficaram mais fortes. "O tempo das pessoas é a principal moeda", diz. Porém, para ela, a visitação física nunca deixará de existir, mas sistemas como o Walk-In podem proporcionar ao cliente uma sensação de experiência maior, tornando-se um diferencial para o ramo imobiliário. "Fizemos testes com pessoas mais velhas e mais novas, porque a compra de imóveis atinge públicos diferentes, e tivemos bons retornos", afirma Sabrina.
A ferramenta está em fase de negociação com duas incorporadoras no Brasil e com arquitetos de interiores nos Estados Unidos. A gerente explica que, a partir do sucesso da visitação virtual, o sistema está sendo incorporado por empresas que também percebem que a digitalização será um legado do coronavírus. "Existiam tours de visitas virtuais com apartamentos existentes. O que não existia era essa solução para imóveis ainda não construídos", expõe.
Vitorya Paulo

Vitorya Paulo - repórter do GeraçãoE

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