Isadora Jacoby

O Amor é Simples aposta na ideia para diversificar seus produtos

Startup de vestidos de noiva cria vitrine digital para empreendedoras

Isadora Jacoby

O Amor é Simples aposta na ideia para diversificar seus produtos

A startup O Amor é Simples sentiu o impacto da Covid-19 em seus canais de venda. Os vestidos de modelagem simples e com valores acessíveis, antes da pandemia, eram vendidos em três canais: pelo e-commerce da marca, no showroom em Porto Alegre e nas lojas temporárias que circulavam pelo Brasil. Laís Ribeiro, sócia da marca com Janaína Pasin, Évelin Bordin e Natalia Pegoraro, conta que o prognóstico era realizar, pelo menos, 10 lojas temporárias em 2020. "O setor de eventos nos atinge de duas formas. Primeiro, porque as lojas temporárias são eventos e um canal de vendas que ia muito bem em geral. E, segundo, os próprios casamentos. As pessoas tendo que adiar as suas festas, então nos impactou duplamente", pontua Laís. A redução de canais de vendas antecipou um plano das sócias: experimentar a venda de novos produtos.
A startup O Amor é Simples sentiu o impacto da Covid-19 em seus canais de venda. Os vestidos de modelagem simples e com valores acessíveis, antes da pandemia, eram vendidos em três canais: pelo e-commerce da marca, no showroom em Porto Alegre e nas lojas temporárias que circulavam pelo Brasil. Laís Ribeiro, sócia da marca com Janaína Pasin, Évelin Bordin e Natalia Pegoraro, conta que o prognóstico era realizar, pelo menos, 10 lojas temporárias em 2020. "O setor de eventos nos atinge de duas formas. Primeiro, porque as lojas temporárias são eventos e um canal de vendas que ia muito bem em geral. E, segundo, os próprios casamentos. As pessoas tendo que adiar as suas festas, então nos impactou duplamente", pontua Laís. A redução de canais de vendas antecipou um plano das sócias: experimentar a venda de novos produtos.
Foi assim que surgiu a ideia de criar a Vitrine Digital para que a marca lance e venda novos produtos em parceria com outras empreendedoras. "Desde o ano passado, quando fomos buscar investimento, ouvimos muitos investidores e mentores que devíamos pensar em vender outros produtos, porque a nossa marca era muito forte. Então, mesmo antes da pandemia, já tínhamos esse desafio de tentar pensar o que mais as nossas noivas, que confiam na nossa marca, comprariam. O que aconteceu é que a pandemia acelerou esse processo", explica Laís. A curadoria das marcas que entram no projeto é feitas pelas sócias e as empreendedoras que desejarem participar podem enviar as informações de suas marcas através do formulário (https://mla.bs/3c8d2c7e).
As marcas serão divulgadas às terças-feiras para as 5 mil inscritas da newsletter Mulheres que se empoderam, canal criado no início da pandemia para divulgar boas notícias e falar sobre temas inspiradores, e também para os mais de 60 mil seguidores do Instagram da startup. Neste primeiro momento, as empreendedoras não têm nenhum custo para divulgarem seus produtos nos canais do Amor é Simples. "As  primeiras rodadas vão ser feitas como rodadas de teste para justamente entendermos se conseguimos gerar negócio para essas pessoas. Só depois disso vamos pensar em como precificar. Pretendemos que seja uma parceria que todo mundo ganhe", afirma Laís. 
Além da vitrine digital para aproveitar a rede de contatos, a marca criou um convite de casamento para que as noivas editem no Word. O arquivo está sendo vendido pelo valor de R$ 4,90. Outra ação durante a pandemia foi a adoção de descontos entre 10% e 20% nos vestidos de noiva para profissionais da saúde. "Enquanto vários empresários só estão preocupados em reabrir, achamos que precisamos ser mais responsáveis nesse momento. Uma das formas de fazer isso é tornar a vida de quem está lá na linha de frente mais fácil. Queremos agradecer essas pessoas e dar mais chances de que elas possam celebrar futuramente. Se alguma enfermeira, médica, quem faz a limpeza dos hospitais, quiser casar daqui pra frente, até o final do ano, elas, pelo menos, vão ter a chance de fazer isso de uma forma um pouquinho mais barata com o nosso desconto, mas espero que outros fornecedores de casamento também possam oferecer isso", expõe.
Apesar da perda dos canais de venda off-line, Laís conta que os números se mantiveram estáveis no e-commerce. "Entramos em contato com as nossas clientes que estavam com pedidos em aberto para reorganizar data de entrega e nenhuma cancelou. Tivemos adiamentos", conta Laís, explicando que as entregas foram reagendadas para que a equipe de produção das peças pudesse trabalhar em casa e com mais tempo. 
Depois de receber um investimento de R$ 650 mil pela plataforma Captable em 2019, os planos da startup fundada em 2014 eram promissores para este ano. Mesmo em um cenário adverso, Laís acredita que o contexto de crise acelerou etapas importantes no negócio e, ainda, provocou uma volta para a essência da marca. "Acho que 2020 foi um ano perdido para todo mundo no sentido de que nada daquilo que foi planejado vai acontecer dessa maneira. Serve para aprendermos que é preciso ter um norte, mas que também não adianta ficar muito em cima disso. O coronavírus veio muito para mostrar que, de um dia para o outro, tudo pode mudar, as prioridades de consumo das pessoas mudam", destaca Laís, salientando que o momento fez com que elas olhassem para o início da trajetória da marca. "Nós nascemos no digital e depois abrimos os canais off-line, que se pudermos retomar, vamos, porque eles são muito relevantes. Mas foi bem importante olharmos para a nossa essência do digital porque esse é o mundo de agora, não tem mais jeito."
Para as sócias, é preciso pensar como a marca quer ser lembrada no pós-pandemia e, a partir daí, nortear o posicionamento. "Sempre nos perguntamos que marca nós vamos ser depois da pandemia. Nós vamos ser a marca que as pessoas vão lembrar porque fomos responsáveis, conseguimos nos comunicar, passar os nossos valores e o nosso propósito. Ou vamos ser uma marca que simplesmente abriu as portas e não deu bola para a saúde das pessoas. Queremos deixar um legado de responsabilidade e também de inteligência para o nosso negócio se consolidar", enfatiza Laís. 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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