Vitorya Paulo

A Super Livros adaptou preços do estoque parado para o período e teve retorno positivo

Livraria de Torres mantém faturamento na pandemia

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A Super Livros adaptou preços do estoque parado para o período e teve retorno positivo

Há quem acredite que o hábito de ler livros físicos esteja com os dias contados devido aos vários dispositivos eletrônicos capazes de oferecer a leitura virtualmente. Porém, como afirma a proprietária da livraria Super Livros, de Torres, Dárcia Laurette dos Santos, 60 anos, a experiência ainda é valorizada por muitas pessoas. Essa constatação ficou mais clara quando os clientes do negócio começaram a solicitar maneiras diferentes de comprar as obras mesmo com a loja fechada por causa da pandemia de coronavírus. Esse movimento conferiu um faturamento que representa metade do normal. Mas não ficou zerado.
Há quem acredite que o hábito de ler livros físicos esteja com os dias contados devido aos vários dispositivos eletrônicos capazes de oferecer a leitura virtualmente. Porém, como afirma a proprietária da livraria Super Livros, de Torres, Dárcia Laurette dos Santos, 60 anos, a experiência ainda é valorizada por muitas pessoas. Essa constatação ficou mais clara quando os clientes do negócio começaram a solicitar maneiras diferentes de comprar as obras mesmo com a loja fechada por causa da pandemia de coronavírus. Esse movimento conferiu um faturamento que representa metade do normal. Mas não ficou zerado.
Quando as portas da livraria tiveram de fechar, no dia 20 de março, Dárcia lembra que o pânico foi geral. "Nem conseguia visualizar ficar um mês assim", conta. Com o passar dos dias, alguns clientes fiéis entraram em contato pedindo algum tipo de delivery ou entrega programada. Acenou-se, ali, uma oportunidade.
"Foram dois livros num dia, três no outro, e assim fomos indo", relata. Os pedidos chegavam por Instagram, Facebook e WhatsApp. Como o acesso ao estoque era todo remoto, ficou mais fácil controlar as demandas. "A presença nas redes foi decisiva para a gente", observa.
Outra mudança feita na livraria foi o modo de pagamento, que foi flexibilizado. Aceitando cheques e parcelando as compras no cartão de crédito em até três vezes, o negócio conseguiu fazer o caixa continuar girando. "Teve dias que surpreenderam, com vendas no nível normal", destaca Dárcia. Essa fidelidade, para ela, é resultado de 29 anos de construção de relação com os consumidores. "Somos quase um centro de cultura na região", opina.
Para garantir a venda de exemplares, além das mudanças no pagamento, a empreendedora colocou alguns títulos em promoção. "Selecionamos os livros que estavam há mais de seis meses na loja e resolvemos baixar o faturamento desses produtos em até 30% ou parcelando em quatro vezes", evidencia. Essas ideias, conta, foram impulsionadas por instruções do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), instituição que auxiliou o negócio neste momento de crise. "Vimos uma live no perfil do Sebrae e foi muito esclarecedor. Antes, estávamos fazendo no escuro, no 'achômetro'", afirma.
Com a loja reaberta no dia 7 de abril com restrições de funcionamento, como lotação máxima, a situação se equilibrou. "Estamos operando com 50% do horário normal porque, com 25%, não dava conta da demanda." Os próximos passos, afirma Dárcia, se encaminham para a abertura de um comércio on-line. "Já contatei uma assessoria para abrir uma loja virtual, e estamos estudando a possibilidade", avisa.
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Vitorya Paulo - repórter do GeraçãoE

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