Em função da quarentena, as cidades estão com suas ruas e comércios vazios. A pandemia do novo coronavírus, além de um desafio para os órgãos de saúde, trouxe complicações para o cenário econômico do País. Como seguir operando nesse contexto? Empreendedores e empreendedoras de diferentes regiões do Rio Grande do Sul estão adotando medidas criativas e inovadoras.
A
microcervejaria Souza Bier's, de Vera Cruz, modificou sua dinâmica para que o produto continuasse chegando a seus clientes. "Tínhamos uma produção de 10 mil litros no pico. O chope delivery para festas, eventos e bares representava 95% das nossas vendas. Com a função do novo coronavírus, praticamente zerou esse faturamento.
Passamos, então, a produzir e engarrafar em recipientes de um e de dois litros. Modificamos, ainda, a forma de delivery. Hoje, nós mesmos entregamos, utilizando veículos próprios. E sempre higienizando as garrafas antes das entregas. Esse modelo fortalece os laços", explica Anderson Souza, sócio do empreendimento.
A escola de dança
RED Dança e Comportamento, de Porto Alegre, passou a disponibilizar suas
aulas através de uma plataforma de streaming. Os alunos já matriculados poderão recuperar as atividades presenciais quando a quarentena acabar. Quem buscar os serviços, agora, poderá adquirir o pacote on-line, que tem o objetivo de melhorar o tempo de isolamento, com a garantia de ter duas aulas por semana durante três meses após o término do distanciamento.
Em Passo Fundo, o
Veneza Restaurante e Lanchonete apostou em uma série de facilitadores para seus clientes. Abriu novas formas de pagamento, de entrega e criou um
pacote semanal de delivery de marmitas, que funciona, inclusive, nos fins de semana. Uma comunicação bem humorada e consciente está sendo colocada em prática nas redes sociais para que os clientes optem por não ir até o local.
Em Caxias do Sul, a
Victoria Maxx, empresa de cosméticos,
suspendeu totalmente sua produção para fabricar álcool gel. Desde o dia 10 de março, a empresa fez mais de meia tonelada do item que se tornou necessidade básica com o avanço da pandemia. Zoraide Moreira, uma das sócias, conta que o objetivo da produção é atender profissionais da linha de frente. "Estamos produzindo desde os pequenos sachês até recipientes de 5 kg. Priorizamos hospitais, farmácias, bombeiros, brigadas e outros serviços essenciais. Disponibilizamos uma parte, também, para causas sociais organizadas pelo município."