Luka Pumes

Unidade fica na Zona Norte da Capital e oferece atividades para meninos e meninas

Escolinha do Botafogo abre em Porto Alegre

Luka Pumes

Unidade fica na Zona Norte da Capital e oferece atividades para meninos e meninas

Um dos maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro, fundado em 1904, o Botafogo de Futebol e Regatas agora tem um pé em solo gaúcho. O modelo de franquia Estrelas do Futuro começou a funcionar na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, nº 5.400, em Porto Alegre. Devido ao coronavírus, as atividades estão suspensas, mas devem voltar assim que a situação de saúde for normalizada.
Um dos maiores clubes de futebol do Rio de Janeiro, fundado em 1904, o Botafogo de Futebol e Regatas agora tem um pé em solo gaúcho. O modelo de franquia Estrelas do Futuro começou a funcionar na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, nº 5.400, em Porto Alegre. Devido ao coronavírus, as atividades estão suspensas, mas devem voltar assim que a situação de saúde for normalizada.
Magno Cristiano Ribeiro Furtado, profissional de Educação Física, foi quem trouxe o negócio ao Rio Grande do Sul. "O Botafogo nos cede a marca e a possibilidade de os atletas, um dia, irem para a base lá no Rio de Janeiro. Sempre foi vontade ter um time de expressão nos dando aval. Treinei times da Alvorada, da Vila Cruzeiro e outros locais. Queria que os meninos pudessem dizer que jogavam, de fato, em um time. Parar com esse negócio de 'jogo no time da vila', 'treino lá com o tio Magno'. Muitos não tem o ideal de família e, aqui, mostramos que não estão sozinhos", explica Magno.
O empreendedor trabalha há 23 anos com futebol, tendo passagens como preparador físico pelas equipes de futebol 7 do Internacional e do Grêmio. Ele garante que o ideal da escola é revelar jogadores e formar cidadãos.
"Somos uma escola formadora, não captadora. Aqui, ninguém roda. Funciona diferente do "jogar uma bola para cima e ver quem joga". O que há é uma escala de notas. Passou com tal nota é escolinha, maior é seleção, mais ainda é transição. Nota 10? Direto para a base. Nosso intuito é tirar muitos deles da possibilidade de se unir ao tráfico e afins."
O fato de estar sob o selo de um time de série A não garante, no entanto, glamour e vida fácil. O centro de treinamentos está evoluindo aos poucos no terreno alugado. Há, inclusive, uma mobilização na comunidade do entorno que entendeu a seriedade do projeto. Voluntários, por exemplo, regam e cuidam do campo.
A escola porto-alegrense do Botafogo tem parcerias com dentistas, fisioterapeutas, médicos e nutricionistas. Magno garante que tudo se deve a muito trabalho e zelo pelas relações interpessoais. "Vivo por isso e as pessoas percebem. Um oferece algo daqui, outro vem com uma disponibilidade de lá. Não dá para esses meninos saírem machucados do treino tendo tomado uma 'aguinha santa'. Não são todos que têm recursos para buscar consultas. Sem contar que pais têm desconto em alguns tratamentos."
O futebol feminino também é pauta por lá. Tratada como prioridade, aliás. "Íamos para os jogos e temos uma menina que adotamos como filha. Sempre vimos ela jogando no meio dos meninos por não ter onde jogar. Esse é um espaço que é direito dela. Chega a ser ruim falar que é direito, tinha que bastar ela querer e só. Vemos como objetivo principal, embora tenhamos apenas nove meninas por enquanto", vislumbra Magno.
Para jogar na Escola do Botafogo, é necessário passar por uma avaliação com a bola no pé e informar sobre a base familiar. O valor da mensalidade passa por dois filtros: o técnico e o social. Neste segundo filtro, atletas que não são do nível máximo (base) têm a oportunidade de evoluir as habilidades sem arcar com determinados custos.
Carla Selistre, esposa de Magno, e o ex-treinador das categorias de base da Associação Nova Prata de Futebol William Professor integram a iniciativa. 
Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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