Luka Pumes

São mais de três décadas de operação no Centro Histórico de Porto Alegre

Feira de Artesanato da Praça da Alfândega coleciona histórias

Luka Pumes

São mais de três décadas de operação no Centro Histórico de Porto Alegre

A Feira de Artesanato da Praça da Alfândega é um dos símbolos de Porto Alegre. As bancas surgiram de um incentivo fiscal do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os vendedores e artistas, desde 2016, são permissionários das estruturas. No entanto, há quem esteja há 30 anos armazenando histórias de empreendedorismo no local.
A Feira de Artesanato da Praça da Alfândega é um dos símbolos de Porto Alegre. As bancas surgiram de um incentivo fiscal do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os vendedores e artistas, desde 2016, são permissionários das estruturas. No entanto, há quem esteja há 30 anos armazenando histórias de empreendedorismo no local.
Antonio Edgar da Costa Ferreira, o Kashowpa, artista plástico, trabalha na praça desde antes da feira ter o formato atual.
"Estou há 41 anos por aqui, fui presidente dessa feira por 23 anos. Tornei ela vitalícia, consegui um espaço permanente", conta.
Sentado à frente de sua banca enquanto produz algumas peças, o jeito tranquilo na fala de Kashowpa contrasta com sua constância em produzir. Com tanto material, é difícil montar e desmontar tudo diariamente.
"Meu sonho era poder ficar aberto 24 horas. Mas não é só pela montagem. Seria lindo ter um entorno revitalizado para ser opção para quem perde o sono. Imagina uma cervejinha aqui durante a madrugada?", provoca.
Além disso, o artesão, que se considera parte do folclore da cidade, já realizou outras feiras e exposições. Ele lembra com carinho de uma no Mercado Público. "Todos gostaram muito, tem registros na internet das pessoas comentando."
Outro personagem da feira é Beto Borgoni. O empreendedor aposta em camisetas estampadas, que vão de Cartola à Pink Floyd, para atrair o público.
"Gosto de trabalhar na rua. É onde as paredes não nos limitam, onde vejo o sol se mexendo. As camisetas são o passaporte para isso e o que posso fazer é trabalhar com humildade, com respeito ao cliente e criando muito material", disserta.
Beto entende que "a feira é organizada, disciplinada, sendo a relação de uma banca com a outra razoavelmente civilizada". Dali, inclusive, ele garante ter vindo as melhores coisas de sua vida. "Aprendi a ser leão nessa selva e não quero que meu negócio morra", afirma, citando também as dificuldades.
Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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