Sempre mostramos em nossas matérias como a identificação da clientela pode ser o sucesso do negócio. Nesta edição, nem se fala! Trouxemos empreendimentos que lidam diretamente com o amor das pessoas pelo futebol. Se a paixão nacional engaja, também pode provocar ódio. É natural que, quando um negócio tem um viés muito claro - como um bar para torcedores de determinado time -, ele atraia, quase em totalidade, apenas quem está no mesmo barco.

No entanto, é preciso ter respeito por quem está do outro lado. Uma das nossas entrevistadas é a Isabel, colorada dona de um dos bares mais queridos pelos gremistas que frequentam a Arena. Quer maior prova de respeito que essa? Ela afirma que a clientela sabe, sim, da sua preferência. Mesmo assim, conseguiu desenvolver uma relação afetuosa com o público.

A lição que fica é que, claro, a paixão pode ajudar e apostar num nicho tem chance de fidelizar o público. Porém, é preciso lembrar daquele cliente que, mesmo com posições diferentes, escolheu frequentar o estabelecimento. Respeito e tolerância, palavras tão lembradas hoje em dia, devem estar no centro dos negócios. Colorados ou gremistas, todos são bem-vindos para tomar uma cerveja gelada. Combinado?