Isadora Jacoby

A Nivi opera apenas no verão para atender os veranistas

Cidreira e a sua padaria de três décadas

Isadora Jacoby

A Nivi opera apenas no verão para atender os veranistas

A rotina de praia traz à tona hábitos que, por vezes, são esquecidos. O momento de buscar o pão francês - o famoso cacetinho no Rio Grande do Sul - na padaria é um deles. Os veranistas mantêm o hábito de comer o produto fresco no café da manhã ou de pegar a iguaria quentinha no fim da tarde. Em Cidreira, a Padaria Nivi é uma das responsáveis por manter essa tradição. Desde 1982, o local é comandado por Avenir Silveira Pinto, 75 anos, conhecido como o Kiko da Nivi.
A rotina de praia traz à tona hábitos que, por vezes, são esquecidos. O momento de buscar o pão francês - o famoso cacetinho no Rio Grande do Sul - na padaria é um deles. Os veranistas mantêm o hábito de comer o produto fresco no café da manhã ou de pegar a iguaria quentinha no fim da tarde. Em Cidreira, a Padaria Nivi é uma das responsáveis por manter essa tradição. Desde 1982, o local é comandado por Avenir Silveira Pinto, 75 anos, conhecido como o Kiko da Nivi.
Antes de abrir o negócio no Litoral, Kiko estava à frente de uma padaria em Porto Alegre, na avenida Protásio Alves. Em uma visita à praia, nasceu o desejo de ter um espaço que atendesse aos veranistas. "Vim a passeio e achei que era interessante apostar nessa parte de Cidreira. Vendi um terreno que tinha em Porto Alegre e construí aqui. Quando comecei, a Nivi era um quadradinho. Foi mudando a situação do País, a clientela, o comércio e tivemos que aumentar. Cada ano, aumentando um pouquinho e hoje ocupamos todo o prédio", conta. A padaria, localizada na avenida Mostardeiro, nº 2.323, funciona como um mini-mercado. "O foco é o pão, mas temos nesse pequeno comércio uma média de 7,5 mil itens de tudo", afirma. 
Kiko atribui a boa reputação da Nivi a duas personalidades do Estado. "Devo muito ao Paixão Côrtes, que, além de meu cliente, era meu amigo, e usava a Nivi como ponto de referência da casa dele", conta o empreendedor, que fala, com carinho, também sobre a citação que ganhou em um livro da Leticia Wierzchowski, autora de A Casa das Sete Mulheres. "Na juventude, ela vinha para Cidreira e, na obra, contou que sempre chegava em casa sem o bico do pão da velha padaria Nivi", orgulha-se. Além dos casos célebres, Kiko destaca a época em que jovens, depois das festas, esperavam a padaria abrir para fazer um lanche antes de dormir.
Desde 2015, o local funciona somente no verão. Neste ano, a padaria ficará aberta até a Páscoa, todos os dias, das 7h às 21h. E um detalhe que alegra Kiko: a cada ano, quando chega o fim da temporada, o excedente do estoque da Nivi é doado para instituições de caridade. 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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