Toda praia que se preze precisa ter uma loja de pesca. A proximidade com o mar estimula a prática do esporte e também a atividade profissional. É por isso que a Dunga existe há quase 30 anos em Pinhal.

O proprietário do empreendimento, Sezar da Rocha, 54, começou como funcionário. Hoje, ao observar o comportamento do público, incluiu os setores de camping, surfe e artigos para levar à orla, como cadeiras, chapéus, saca areia e boias.

"A maior dificuldade é a baixa temporada longa", aponta Sezar. Além disso, seu ramo é totalmente dependente do clima. "Às vezes, o tempo está bom, mas o mar está ruim", complementa, citando fatores que podem prejudicar as vendas das linhas e carretéis.

Diversificar foi a forma para incrementar os lucros, embora perceba que os jovens ainda se interessem por pescaria. "É uma maneira de os pais tirarem a gurizada da frente do computador", brinca. A proibição da caça no Rio Grande do Sul também fez os adeptos migrarem para a modalidade, interpreta.

O ponto, na avenida General Osório, nº 481, soma mais de 3 mil itens. Entre os mais vendidos, estão molinetes, caniços e anzóis. Todo ano, aliás, Sezar precisa pescar os veranistas que circulam por Pinhal. O que facilita essa missão é o fato de ele também ser um amante do hábito que deu origem ao negócio que agora comanda.