Duo segue a tendência de espaços compartilhados para trabalhar

Coworking para profissionais de beleza abre em Porto Alegre


Duo segue a tendência de espaços compartilhados para trabalhar

Os coworkings, espaços compartilhados de trabalho, são tendência entre os empreendedores das mais diversas áreas. Seja para reduzir custos fixos, seja para impulsionar o networking, esses locais ganham adeptos a cada dia.
Os coworkings, espaços compartilhados de trabalho, são tendência entre os empreendedores das mais diversas áreas. Seja para reduzir custos fixos, seja para impulsionar o networking, esses locais ganham adeptos a cada dia.
Foi pensando nesse cenário que Fernanda Carvalho, 39 anos, inaugurou, em outubro, o Duo, coworking para os profissionais da área da beleza, na avenida Nilo Peçanha, nº 2.245, em Porto Alegre. Depois de atuar por 15 anos em uma multinacional, a maternidade despertou o desejo de abrir o próprio negócio. Com uma rotina intensa de viagens, ela buscou no empreendedorismo uma forma de gerenciar melhor o tempo.
"Entendi que precisava voltar um pouco e retomar algum segmento que me atraísse e um deles era o de moda e beleza. Quando comecei a desenhar o projeto, percebi uma tendência diferenciada hoje no mercado, que é a liberdade que os profissionais querem ter, muito por qualidade de vida. Voltar para o eixo de beleza no modelo de horário rígido que salões tradicionais ofereceriam não ia de acordo com aquilo que eu buscava naquele momento", justifica.
Desse contexto, surgiu o projeto. "Os coworkings, hoje, estão em todas as áreas porque são uma vantagem econômica. O profissional deixa menos dinheiro dentro do estabelecimento e é valorizado de uma forma diferente", acredita.
Para iniciar a empreitada, ela contou com o investimento da sua massoterapeuta - e agora sócia - Luciana Krieger, que realiza atendimentos na parte superior do espaço, onde há salas destinadas a procedimentos estéticos. O local, com 300 m², tem 11 estações híbridas para maquiadores e cabeleireiros, oito posições de manicure e estações flutuantes para atendimentos mais personalizados. O investimento para execução do projeto foi de R$ 1,5 milhão.
LUIZA PRADO/JC
Há duas modalidades para quem deseja usar o espaço. A primeira funciona como um coworking tradicional, no qual é pago na entrada o tempo de uso. Conforme Fernanda, essa opção é voltada para profissionais que têm uma clientela consolidada. "Uma estação para esse padrão de profissional, que já alcançou o seu ápice de clientes, gira em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil mensais, mas o faturamento dele, que pode ser em torno de R$ 25 mil bruto por mês, não sofre nenhum outro desconto", explica.
Na segunda modalidade, o profissional paga um percentual, a ser definido, sob os atendimentos que realizar no local. "É similar a um salão parceiro, o diferencial é que colocamos um 'stop' no percentual, justamente, para ele entender que, em dado momento, deixa de pagar e o lucro passa a ser seu", explica Fernanda.
Ela ressalta que tanto a comissão quanto o valor pago por cada profissional depende do ramo de atuação. "O faturamento do cabeleireiro, normalmente, é o maior do espaço. Temos essa preocupação e esse olhar para que todos possam ser coworkers e que faça sentido dentro do faturamento", complementa.
Com sete funcionários entre recepcionistas, gerente e auxiliares, o Duo oferece aos clientes finais a possibilidade de agendamento por meio da equipe ou através de um aplicativo desenvolvido para isso. Em pouco mais de uma semana de funcionamento, 23% das estações de trabalho foram ocupadas.
Esse resultado deixa as sócias otimistas. Por isso, estimam reaver o investimento em dois anos de operação. "Até o tamanho do espaço está calculado para nos dar lucro", conta Fernanda, sobre a importância do planejamento de todos os detalhes antes de concretizá-lo.

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