Nesta terça-feira (19), é celebrado o Dia da Inovação

Mentes são como paraquedas, só funcionam abertas


Nesta terça-feira (19), é celebrado o Dia da Inovação

A crise causada pelo Covid-19 abalou o modo como interagimos com o mundo. Agora, aos poucos, vamos voltando a um novo normal e iniciando nossas atividades. Quando converso com amigos, familiares e colegas sobre a volta a rotina sinto que todos estão mais esperançosos. As salas dos prédios comerciais que estavam vazias, agora recebem seus funcionários. O fluxo de trânsito está aumentando, e vejo mais pessoas nos bares e restaurantes. Essa recuperação econômica vem acompanhada de um aumento expressivo na quantidade de pessoas vacinadas.
Para chegar até aqui, foram necessários muitos passos. É possível que muitos deles sejam invisíveis para nós. Ao longo de 2020, fomos capazes de desenvolver vacinas contra a Covid-19 em uma velocidade impressionante. O sucesso da vacina é resultado de pesquisas anteriores sobre o vírus, tecnologia de fabricação de vacinas em massa, empresas de transporte e armazenamento. Além disso, entraram em ação instituições e governos com linhas de financiamento, agindo em paralelo com o ambiente regulatório. Colaboração que gera inovação. Inovação que resolve problemas reais. Mas para colaborar é preciso estar aberto à esta troca.
Alguém falou que “mentes são como paraquedas, só funcionam abertas”. Iria mais longe, e diria que inovação é como um paraquedas, e só funciona aberta. Henry Chesbrough cunhou o termo “Inovação aberta” e o definiu como “o uso de fluxos de conhecimento internos e externos para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para o uso externo de inovação, respectivamente”. Talvez fique abstrato com uma definição acadêmica. A melhor maneira de explicar é com casos reais. Porto Alegre, por exemplo, tem a inovação aberta em seu DNA e vive isso com o Pacto Alegre, acordo entre instituições de ensino, governo, iniciativa privada e sociedade civil para estimular o empreendedorismo colaborativo. Porto Alegre também é rica em ambientes de inovação: O Tenopuc e o Zenit; parques científico e tecnológico da PUCRS e da UFRGS respectivamente; O Hub One, da Feevale; Instituto Caldeira; Nau Live Spaces; Fábrica do Futuro; dezenas de coworkings e o novo programa BanriTech de aceleração e interação com startups do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) em pareceria com o Tecnopuc.
O Banrisul é um exemplo de interação com startups e empresas de base tecnológica. Em novembro de 2020, o banco criou o BanriTech com o objetivo é apoiar o empreendedorismo inovador e somar no ecossistema de inovação do Estado, dando um sinal claro de que o futuro do banco é aberto e colaborativo.
O programa está acelerando startups do Brasil inteiro. Por meio dessa iniciativa consegue trazer tecnologias, métodos e pessoas que possibilitam a análise mais inteligente de dados, novas oferta de serviço, inteligência artificial e novos modelos de negócio. Tudo isso vai do agro ao urbano, dos dados às pessoas, juntando as capacidades do banco e das startups, o potencial de entrega de valor para o cliente é impressionante.
No dia 19 de outubro, o Dia da Inovação, faço aqui minha reflexão com as experiências que tive de uma Inovação Aberta, inovação da colaboração e da integração. Vi pessoas de uma Instituição Pública se reinventando, interagindo com startups e equipes de todo tipo e se conectando com as necessidades do usuário final. Nós, com a energia, os recursos e a capacidade de colaboração, estamos colocando o Rio Grande do Sul no mapa global da inovação.
MARVIN MEYER/DIVULGAÇÃO/JC

Inovação resolve problemas reais, mas para colaborar é preciso estar aberto à esta troca
Tiago de Abreu, Analista de Inovação no Tecnopuc Startups e Consultor no Programa BanriTech

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