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Sistema de irrigação que racionaliza o uso da água atrai interesse nos Estados Unidos, onde empresa de São Leopoldo mantém funcionário e procura investidor

Para evitar desperdício, ferramenta avisa o momento ideal da irrigação

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Sistema de irrigação que racionaliza o uso da água atrai interesse nos Estados Unidos, onde empresa de São Leopoldo mantém funcionário e procura investidor

Lorenzo Panassolo
Lorenzo Panassolo
Segundo o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a agropecuária utiliza 70% da água no Brasil, sendo que quase metade dessa quantidade é desperdiçada. A questão foi essencial para que Fabiane Kuhn, 23 anos, Guilherme Ramos, 21, Vinícius Silveira, 21, e Marco Cesar Sauer, 49, fundassem a Raks, empresa que desenvolve tecnologias para o setor agrícola.
"A iniciativa para criar a empresa surgiu do desejo de fazer alguma diferença no mundo, inicialmente trabalhando em cima do problema da água. Depois, abrimos para um leque no qual ajudamos os agricultores a produzirem mais e com qualidade", afirma Fabiane.
A Raks está localizada no Parque Tecnológico de São Leopoldo (Tecnosinos), com quatro pessoas compondo o time, e nos Estados Unidos, onde mantém um profissional. O sistema oferecido pela startup otimiza e automatiza o processo de irrigação das plantações. Segundo a sócia-fundadora Fabiane, o produto é composto por um sensor que mede a umidade do solo a partir de um princípio físico de reflexão de ondas.
"O sensor fica fixo em campo e é alimentado por energia solar, transmitindo todas as informações coletadas para uma central de dados via radiofrequência. O agricultor possui uma plataforma tanto web como mobile que apresenta gráficos, tabelas e a possibilidade de configurar o tipo de solo e a cultura da plantação. Dessa forma, o produtor sabe o quanto de água o sistema precisa e qual a demanda hídrica de cada planta, acionando no momento certo a irrigação da plantação", conta a empreendedora.
Em 2019, o faturamento da Raks será em torno de R$ 14 mil. O valor pode ser considerado baixo, mas o produto da empresa ainda não está disponível para qualquer agricultor adquirir, pois a startup está trabalhando com parceiros para validar sua tecnologia.
Atualmente, a empresa tem três clientes, mas, de acordo com Fabiane, 21 produtores estão na lista de espera. Para suprir a procura, o negócio, recentemente, abriu uma rodada de investimento de US$ 500 mil.

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