Luka Pumes

Edemir Simonetti, proprietário do restaurante, acredita em reinvenção do Centro Histórico

Chalé da Praça XV busca manter-se como referência

Luka Pumes

Edemir Simonetti, proprietário do restaurante, acredita em reinvenção do Centro Histórico

Localizado à esquerda do largo Glênio Peres, oposto ao Mercado Público, o Chalé da Praça XV é um cartão-postal da cidade de Porto Alegre. Inaugurado em 1885 como um quiosque para a venda de sorvetes, o prédio passou por um incêndio, três reformas (em 1909, 1911 e 1971), uma restauração (1999) e uma ampliação através de um edifício anexo (2011), já que o imóvel não pode mais ser mexido por ser Patrimônio Histórico Municipal.
Localizado à esquerda do largo Glênio Peres, oposto ao Mercado Público, o Chalé da Praça XV é um cartão-postal da cidade de Porto Alegre. Inaugurado em 1885 como um quiosque para a venda de sorvetes, o prédio passou por um incêndio, três reformas (em 1909, 1911 e 1971), uma restauração (1999) e uma ampliação através de um edifício anexo (2011), já que o imóvel não pode mais ser mexido por ser Patrimônio Histórico Municipal.
À frente do negócio há 18 anos, Edemir Simonetti conta que assumiu o Chalé através de uma licitação na qual concorreu sozinho. "Não houve outro interessado. Estou na área de gastronomia há 40 anos. Fui garçom, gerente, abri um negócio com alguns sócios, tudo sempre no Centro. Passava pela Praça XV e meu olho brilhava com o prédio. Depois de 22 anos, pude realizar esse sonho."
O período em que Edemir assumiu o negócio, no entanto, não foi dos mais áureos. "O entorno era muito difícil, estava basicamente como uma cracolândia, nós padecemos. Nossa estratégia foi manter um preço competitivo, buscar produtos para o fim de tarde, ter um cardápio diferenciado e apostar no chope. Sabíamos que era cíclico. O Centro, hoje, está sucateado de forma geral, mas eu sempre acredito que dias melhores virão", explica o empresário.
A ampliação do Chalé ocorreu entre 2011 e 2013, visando à Copa do Mundo de 2014. O Caminho do Gol, programação cultural que ocorria entre o Mercado Público e o Estádio Beira-Rio, fez com que o investimento fosse necessário no restaurante.
"A ampliação nos tornou um local mais eclético, e isso nos deixa muito feliz. Se tu vieres de chinelinho está bem, o executivo de gravata está bem, todos podem participar. É um local democrático", analisa Edemir, sobre as vantagens de ter um espaço que choque o clássico com o contemporâneo e moderno.
A sexta-feira e o sábado são dias que dão bastante retorno ao Chalé, segundo ele. Porém o domingo, nem tanto. Mesmo assim, fechar nesse dia não é uma opção.
"O Chalé é uma sala para o turista. Como cidadão, é uma missão mantê-lo aberto. O Chalé não vai fechar aos domingos, mesmo que os números digam. Essa é minha maior satisfação pessoal. Dá vontade de morar aqui dentro", afirma o empresário.
Edemir é dono, também, do restaurante panorâmico da orla, o 360 POA Gastrobar. Ele acredita que os negócios se beneficiam.
"No 360, também não tive concorrentes na licitação. Não tinha respostas no mercado se daria certo. Porto Alegre descobriu, depois de 247 anos, que tinha um lago. Com o avanço da orla, prefeitura, secretarias e sociedade, entendem que o Centro Histórico precisa de nova vida. Vai trazer benefício para o Chalé", acredita.
Com a experiência, Edemir deixa um conselho sobre permanecer competitivo. "Ambiente, localização, qualidade e sorriso. Tendo esses elementos, conquista-se o cliente. Trabalhamos forte para que os colaboradores sejam nossos representantes, que defendam o negócio."
O Chalé funciona de segunda a segunda, abrindo sempre às 11h e variando no horário de fechamento. O almoço no buffet fica na média dos R$ 30,00. Há pratos especiais, sobremesas, petiscos e programação especial no happy hour.
Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

Luka Pumes

Luka Pumes - repórter do GeraçãoE

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