Isadora Jacoby

O Bike Hut pretende criar uma comunidade entre os adeptos da bicicleta como estilo de vida

Espaço reúne cafeteria, oficina e loja de bicicletas

Isadora Jacoby

O Bike Hut pretende criar uma comunidade entre os adeptos da bicicleta como estilo de vida

Acreditar em um estilo de vida pode ser um estímulo para abrir o próprio negócio. Foi assim para Eduardo Affonso André, 52 anos, proprietário do Bike Hut - Bike, Cultura e Café. Inaugurado em fevereiro na avenida Nilópolis, nº 15, o espaço reúne cafeteria, oficina e loja de bicicletas. Publicitário, Eduardo sempre trabalhou em empresas do setor de telecomunicação. O amor pelas bicicletas também é caso antigo, e o fez enxergar uma possibilidade de carreira. "Quando saí da empresa em que trabalhava, já estava com as férias planejadas, e fui fazer uma viagem de bike pelo Peru. Fiquei tão entusiasmado porque corria de BMX (esporte praticado com bicicletas especiais) desde da década de 1980. Fui um dos precursores no Brasil. Mas não sabia que isso podia ser negócio.  Comecei a perceber o mercado de outra maneira", conta Eduardo, que abriu a sua primeira loja de bicicletas em 2011 em Bauru, interior de São Paulo. A experiência foi positiva, embora curta. Logo foi trabalhar em uma outra empresa de telecomunicação e a atividade como empreendedor ficou de lado. 
Acreditar em um estilo de vida pode ser um estímulo para abrir o próprio negócio. Foi assim para Eduardo Affonso André, 52 anos, proprietário do Bike Hut - Bike, Cultura e Café. Inaugurado em fevereiro na avenida Nilópolis, nº 15, o espaço reúne cafeteria, oficina e loja de bicicletas. Publicitário, Eduardo sempre trabalhou em empresas do setor de telecomunicação. O amor pelas bicicletas também é caso antigo, e o fez enxergar uma possibilidade de carreira. "Quando saí da empresa em que trabalhava, já estava com as férias planejadas, e fui fazer uma viagem de bike pelo Peru. Fiquei tão entusiasmado porque corria de BMX (esporte praticado com bicicletas especiais) desde da década de 1980. Fui um dos precursores no Brasil. Mas não sabia que isso podia ser negócio.  Comecei a perceber o mercado de outra maneira", conta Eduardo, que abriu a sua primeira loja de bicicletas em 2011 em Bauru, interior de São Paulo. A experiência foi positiva, embora curta. Logo foi trabalhar em uma outra empresa de telecomunicação e a atividade como empreendedor ficou de lado. 
Em 2014, Eduardo inaugurou uma nova bikeshop, dessa vez na Capital paulista. "Acabei abrindo um loja no bairro Jardins, que é o maior PIB de São Paulo, então encravar uma loja lá foi uma experiência muito legal. Fiquei até o final de 2016, até que a minha esposa, que é gaúcha, decidiu voltar para Porto Alegre."
Com três meses de funcionamento da Bike Hut, Eduardo avalia que o mercado por aqui é muito diferente do cenário do Sudeste. Segundo ele, lá a cultura da bicicleta está mais inserida na rotina da população. "O público daqui ainda não entendeu bem. Acha que a bicicleta é uma coisa que fica jogada no fundo da garagem. Mas é uma forma de viver, qualidade de vida, liberdade. Uma coisa que você nunca vai conseguir experimentar abrindo o teto solar de um carro", acredita. 
Foi pensando justamente em disseminar a cultura do lifestyle da bicicleta que Eduardo uniu no seu negócio cafeteria, loja e oficina. "Queria tentar integrar a comunidade. Porque você pode não gostar de bicicleta, mas pode gostar de café. Meu objetivo final é agregar aquelas pessoas que, às vezes, não têm exatamente para onde ir, ou um lugar que represente seus ideias, que traga experiência."
Apesar de já ter empreendido antes, esse é o seu primeiro voo solo, o que ele acredita ser uma oportunidade de mostrar a sua personalidade. "Eu nunca abri um negócio só meu, sempre abria com outros sócios. É um pouco mais difícil imprimir a tua digital no negócio", explica. 
MARCELO G. RIBEIRO/JC
O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e nos sábados das 9h às 18h. O horário de atendimento é uma preocupação de Eduardo para conseguir atender o público, que, segundo ele, passa em geral no horário de almoço e após o expediente de trabalho.
Com três funcionários - um vendedor, um mecânico e um barista -, o Bike Hut pretende proporcionar uma experiência completa para os seus clientes. "O objetivo é ter um serviço 360 graus. Que a pessoa consiga sentar para tomar um bom café enquanto a bicicleta está sendo lavada, reparada. Pode ler uma literatura referente à bicicleta e também comprar algum acessório para sua bike."
Com um investimento em torno de R$ 500 mil, o empreendedor acredita que deve recuperar os custos iniciais em dois anos. "É um negócio muito lento. Como eu não sabia o que ia encontrar aqui, fiz um investimento bem amplo em diferentes tipos de bicicleta."
No entanto, ele acredita que em pouco tempo a cultura da bicicleta vai estar ainda mais presente na rotina dos porto-alegrenses.
"Estamos em um momento muito embrionário das coisas, mas acho que logo vai ser como um tsunami, porque está represado. Gosto da sensação que a bicicleta traz, de liberdade, de frio na barriga, e até de ser cidadão, de levar teu filho na escola de bike. É libertador deixar o carro em casa."
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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