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28 de Março de 2019 às 03:00
GASTRONOMIA
Isadora Jacoby
GE
Isadora Jacoby
A Confeitaria Copacabana é uma das mais antigas do ponto turístico
O português mais brasileiro do Mercado Público de Porto Alegre
Isadora Jacoby
A Confeitaria Copacabana é uma das mais antigas do ponto turístico
O Mercado Público é um espaço de acolhida. Para os mais de mil trabalhadores que circulam por ali diariamente, o local é uma segunda casa. Angelo Bessa de Sousa, 74 anos, diz que o Mercado significa a sua casa no Brasil. O português chegou a Porto Alegre em 1961, com 17 anos, para passar um período com um tio. Mas a história, a partir daí, foi outra. "A ideia inicial era essa, mas comecei a ter amizades, casei. O Brasil foi muito bom para mim, não tenho queixa. Se falasse mal, seria um ingrato. Sou português de nascimento e brasileiro por opção", considera Angelo.
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O Mercado Público é um espaço de acolhida. Para os mais de mil trabalhadores que circulam por ali diariamente, o local é uma segunda casa. Angelo Bessa de Sousa, 74 anos, diz que o Mercado significa a sua casa no Brasil. O português chegou a Porto Alegre em 1961, com 17 anos, para passar um período com um tio. Mas a história, a partir daí, foi outra. "A ideia inicial era essa, mas comecei a ter amizades, casei. O Brasil foi muito bom para mim, não tenho queixa. Se falasse mal, seria um ingrato. Sou português de nascimento e brasileiro por opção", considera Angelo.
Foi logo após a sua chegada ao Brasil que, em 1964, abriu a Confeitaria Copacabana. Um dos pontos mais tradicionais do Mercado Público, a padaria nasceu da sociedade entre Angelo e mais dois sócios, um português e um italiano. "Compramos três casinhas pequenas no Mercado, na esquina. Abrimos as paredes e transformamos em uma só. Naquela ocasião, era muito maior que é hoje", lembra. Os sócios que iniciaram a história da confeitaria junto com Angelo já faleceram. Hoje, os filhos deles, Manoel Augusto Magalhaes de Sousa e Diamantino Fernandes, tocam o negócio.
Há tantos anos trabalhando na Confeitaria Copacabana, Angelo vivenciou muitos momentos importantes da história do Mercado Público. "Teve várias transformações, era muito diferente. Inicialmente, houve dois grandes incêndios (1976 e 1979), e tínhamos aberto recentemente. Em 1996, houve a grande obra. Ficamos fechados durante seis meses. A parte interna mudou completamente, era um corredor estreitinho, tinha galinha viva, tinha de tudo", diverte-se.
Para estar há 55 anos no mesmo ponto, não tem muito segredo, avalia Angelo. "Tem que trabalhar muito. Procuramos ter bons produtos e uma clientela cativa. A gente está sempre na luta."
O cardápio da padaria é bem brasileiro, o que, segundo Angelo, é decorrente da falta de mão de obra especializada em Porto Alegre para produzir quitutes típicos de outros países. Trabalhar em um dos locais mais importantes da cidade, para ele, traz uma satisfação. "É muito gostoso estar no Mercado. Por aqui, passam todas as camadas sociais da cidade, todo mundo conhece a gente. É muito bom."