Giana Milani

Empreendedores desejam preservar memória e história do Naval

Naval aposta na tradição e prevê tombamento

Giana Milani

Empreendedores desejam preservar memória e história do Naval

Reza a lenda que Lupicínio Rodrigues compôs a letra do hino do Grêmio em um restaurante que frequentava assiduamente no Mercado Público. Além do músico, apareciam por lá Elis Regina e outros artistas e políticos. Esse local, com 112 anos de história, é o Naval, localizado nas lojas 91 e 93, serve um cardápio português com variação espanhola. Por isso, bacalhau e molhos lusitanos figuram na lista, seja na hora do almoço, do happy hour ou do jantar.
Reza a lenda que Lupicínio Rodrigues compôs a letra do hino do Grêmio em um restaurante que frequentava assiduamente no Mercado Público. Além do músico, apareciam por lá Elis Regina e outros artistas e políticos. Esse local, com 112 anos de história, é o Naval, localizado nas lojas 91 e 93, serve um cardápio português com variação espanhola. Por isso, bacalhau e molhos lusitanos figuram na lista, seja na hora do almoço, do happy hour ou do jantar.
O ponto abre de segunda-feira a sábado, das 11h às 22h, mas chegou a funcionar durante 24 horas em outras épocas. "Hoje, infelizmente, com a mudança do polo da noite, fechamos mais cedo", ressalta Jader Gomes, um dos sócios do estabelecimento, que lamenta a falta de segurança no bairro. "O Centro, como tudo, funciona como um ciclo e tem altos e baixos. A curva está em elevação, mas faltam alguns detalhes", acrescenta. O negócio tem passado de geração em geração, e Jader divide, há 20 anos, o comando do empreendimento, com outros parceiros. O empresário conta que o registro do Naval, aberto por holandeses, data de 1907, mas que foi fundado anteriormente ao ano.
Para ele, o Mercado e o empreendimento têm um ponto em comum: a tradição. "Saber o que tu vais encontrar, com o grande mix que oferece", aponta. Jader recebe bisnetos e netos de antigos clientes, que provocam nostalgia ao recordar antigos causos que se passaram dentro da banca. "O público jovem tem, cada vez mais, frequentado o Mercado", analisa. O Naval detém outro marco evidenciado pelo sócio.
"Foi o primeiro da cidade a receber negros e brancos no mesmo ambiente."
As paredes do Naval ajudam a preservar a memória, com fotos penduradas em azulejos com mais de um século de existência. Os proprietários almejam que, em breve, o restaurante seja um dos primeiros a ser tombado no Rio Grande do Sul.
Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

Leia também

Deixe um comentário