Mauro Belo Schneider

Ex-segurança do Shopping Iguatemi aprendeu a receita em um programa de TV

Figura clássica de Tramandaí, seu Queijinho vende 800 pães de queijo por dia

Mauro Belo Schneider

Ex-segurança do Shopping Iguatemi aprendeu a receita em um programa de TV

Não precisa brigar, tem para todo mundo. É o que avisa, diversas vezes ao dia, um dos moradores de Tramandaí que já virou figura clássica da praia. Há 28 anos, Manoel Antônio Mateus, 64, estaciona sua bicicleta por volta das 15h em frente ao Shopping das Fábricas, na avenida Emancipação, e só volta para casa depois de ter comercializado as 800 unidades de pães de queijo que vende a R$ 1,00, divididas em grupos de cinco nas embalagens.
Não precisa brigar, tem para todo mundo. É o que avisa, diversas vezes ao dia, um dos moradores de Tramandaí que já virou figura clássica da praia. Há 28 anos, Manoel Antônio Mateus, 64, estaciona sua bicicleta por volta das 15h em frente ao Shopping das Fábricas, na avenida Emancipação, e só volta para casa depois de ter comercializado as 800 unidades de pães de queijo que vende a R$ 1,00, divididas em grupos de cinco nas embalagens.
E o processo é rápido. Em cerca de duas horas e meia de serviço, a produção evapora. Manoel diz que tem aproximadamente 60 mil clientes de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul e até do Rio de Janeiro, que durante os meses de janeiro e fevereiro se deliciam com a iguaria feita por ele e a esposa, Eliane.
Antes de ter o negócio próprio, trabalhou como segurança do Shopping Iguatemi, na Capital, por quase uma década. Mas a remuneração fixa e a falta de perspectiva de crescimento profissional o motivaram a apostar na ideia. O segredo para faturar R$ 800,00 por dia, segundo ele, é capricho, simpatia e custos baixos. “Quer ganhar dinheiro? Seja simples”, sugere.
Graças ao sucesso das vendas, seu Queijinho, como é conhecido, já comprou um carro, uma casa e constituiu uma “bela família”. Hoje, ele se orgulha de ter transformado uma receita que aprendeu num programa de TV da Record em algo que lhe dá liberdade e alegria.
“Eu sou o meu patrão e meu sócio é Deus”, comenta. Mas, como acontece com todo empreendedor, para chegar a esse ponto, foi preciso persistência: ele testou a mistura de ingredientes por seis meses, até acertar.
Mesmo nos bastidores, a esposa de Queijinho é conhecida dos frequentadores da Emancipação. “Ajuda a minha mulher a comer lagosta, venham”, brinca, aos gritos, dando vida e personalidade própria a Tramandaí. Um ícone do verão gaúcho, faça chuva ou faça sol. 
CLAITON DORNELLES /JC
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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