Giana Milani

Projeto 'O que tem no caminho' busca valorização do trajeto entre o Cassino e a Barra do Chuí

Jogo educativo foca em preservação ambiental

Giana Milani

Projeto 'O que tem no caminho' busca valorização do trajeto entre o Cassino e a Barra do Chuí

O jogo "O que tem no caminho?" ensina um assunto muito sério - a preservação ambiental - de forma lúdica. Voltado para a faixa etária entre 7 e 12 anos de idade, ele foi desenvolvido voluntariamente pela arte educadora e fotógrafa Janaína De Lima, que ao voltar de um período de três anos morando em San Diego, nos Estados Unidos, ficou surpresa com a sujeira do trajeto entre a praia do Cassino e a Barra do Chuí, no extremo Sul do Estado. "A primeira vez que fui lá, me encantei com a praia, com aquilo que eles chamam de abismo horizontal. Porém tem lixo do planeta todo, aquilo me chocou e me deixou muito triste", lembra.
O jogo "O que tem no caminho?" ensina um assunto muito sério - a preservação ambiental - de forma lúdica. Voltado para a faixa etária entre 7 e 12 anos de idade, ele foi desenvolvido voluntariamente pela arte educadora e fotógrafa Janaína De Lima, que ao voltar de um período de três anos morando em San Diego, nos Estados Unidos, ficou surpresa com a sujeira do trajeto entre a praia do Cassino e a Barra do Chuí, no extremo Sul do Estado. "A primeira vez que fui lá, me encantei com a praia, com aquilo que eles chamam de abismo horizontal. Porém tem lixo do planeta todo, aquilo me chocou e me deixou muito triste", lembra.
"Fiquei com vontade de limpar. O Fernando (Fernando Pereira de Souza Neto, idealizador do Caminho dos Faróis, percurso de caminhada de 190 km) achou uma utopia isso. Mas eu estava vindo de um local que a gente já fazia esse tipo de limpeza de forma espontânea nas praias. É uma coisa cultural da Califórnia", explica.
Com este intuito, eles resolveram começar a mudança por meio da educação. Em 2017, os dois investiram do próprio bolso em um material pedagógico que era uma dobradura em folha A4, distribuindo para as crianças que moram em Santa Vitória do Palmar. Neste ano, resolveram fazer algo mais elaborado. Janaína, então, desenhou em aquarela o tabuleiro, que é o mapa do caminho, e as cartas do jogo, a partir de fotografias tiradas por ela de animais da Reserva do Taim. "Conversei com uma amiga que é editora e perguntei se teria como transformar em jogo e começamos a criar. Queríamos que fosse bonito, porém econômico, sempre pensando que iria sair do nosso bolso", relata. "Teve um momento em que eu disse: 'quer saber, vamos criar o financiamento coletivo'."
A proposta foi apresentada para todos os participantes que já fizeram o percurso. O valor mínimo para a doação era de R$100,00 e quem pagasse mais de R$200,00 ganharia de brinde uma camiseta. O orçamento total para 300 jogos era de R$ 8 mil. "Em três dias já tínhamos arrecadado R$ 5 mil e depois, além da expectativa, R$ 12 mil", comemora.
No último 15 de setembro o material foi distribuído em duas escolas públicas da região, durante ações educativas. Uma terceira instituição, privada, também apoiou. O grupo foi para a praia e fez o que a a fotógrafa almejava: limpar o litoral. Na ocasião, duas toneladas de lixo foram recolhidas do balneário do Hermenegildo à Barra do Chuí, em um trecho que corresponde a oito quilômetros.
Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

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