São Leopoldo tem modelo de produção cooperativado

Incubadora fortalece o movimento #bebalocal


São Leopoldo tem modelo de produção cooperativado

Um grupo de 10 microempreendedores se uniu para fabricar e comercializar a própria cerveja em São Leopoldo. Motivados por uma nova lógica de consumo que preza pela produção local, eles aderiram à ideia de compartilhar o mesmo espaço físico e fortalecer a tendência de oferecer ao consumidor não apenas uma bebida, mas a experiência de conhecer o local onde a cerveja é produzida. Em operação desde 2014, a República das Cervejas é uma fábrica, uma incubadora, um restaurante e um pub.
Um grupo de 10 microempreendedores se uniu para fabricar e comercializar a própria cerveja em São Leopoldo. Motivados por uma nova lógica de consumo que preza pela produção local, eles aderiram à ideia de compartilhar o mesmo espaço físico e fortalecer a tendência de oferecer ao consumidor não apenas uma bebida, mas a experiência de conhecer o local onde a cerveja é produzida. Em operação desde 2014, a República das Cervejas é uma fábrica, uma incubadora, um restaurante e um pub.
"Sempre imaginei um negócio que somasse diversas experiências do ramo cervejeiro", conta André Rotta, fundador da República. Essa ideia encontrou lugar na antiga selaria da cidade capilé, que hoje abriga o empreendimento. Mas, além de fazer a própria bebida e promover eventos temáticos, o projeto se destaca pela iniciativa de incubar cervejarias. Descendo até o porão do estabelecimento, que está inventariado como imóvel de interesse histórico e cultural, fica a cozinha onde são produzidos variados estilos de cerveja.
Tudo começou em 2014, quando André ministrava oficinas sobre elaboração de cerveja artesanal e emprestava a estrutura para alunos. No total, instruiu mais de 2 mil pessoas. Ele adaptou o modelo de negócio até chegar no formato atual, marcado pelo cooperativismo. De acordo com o empresário, a ideia é que os incubados possam vender no mesmo ponto e compartilhar o lucro. Suas bebidas, junto às da casa, são responsáveis por abastecer 25 torneiras da República que praticamente secam em ocasiões como a Oktoberfest. Desde tanques de fermentação até um curso com técnicas de rotulagem, a incubadora oferece suporte completo para novos cervejeiros. Tal apoio aos pequenos produtores vem ativando a economia da região.
Os amigos Fabiano Coeli e Alessandro Braun, por exemplo, chegaram na República com vontade de fabricar uma cerveja exclusiva para consumo pessoal. Alguns litros depois, veio a proposta de profissionalização. Como sócios na Braun Coeli, dentro de pouco tempo, conceberam uma marca que já rodou o Brasil em concursos especializados.
A última medalha foi conquistada por uma cerveja de trigo com malte caramelo em setembro deste ano, no Festival Internacional de Cerveja e Cultura de Belo Horizonte. A Red Weiss está entre as invenções da dupla que se sobressaem, justamente, pelos sabores diferenciados. Por trás de cada sucesso há muito estudo e testes proporcionados na incubação. Certos experimentos não agradam o paladar do público e precisam ser refeitos, mas Fabiano e Alessandro continuam investindo no inusitado.
Ambos os produtores são engenheiros químicos e servidores públicos, levando a cervejaria como um negócio paralelo. "A República deu início a tudo, com o André nos incentivando a melhorar a cerveja e repetir ela para conseguirmos manter um padrão", conta Fabiano. Para ele, o convívio com outros incubados traz discussões importantes ao longo da fase criativa, na qual são verificadas as possibilidades de preparo.
O futuro da incubadora é definido democraticamente, a partir de reuniões mensais com os integrantes.

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