Criado por dois irmãos, a Glück aposta na combinação de waffle e sorvete, trazida de Hong Kong, para agradar moradores e atrair visitantes de fora

Dupla leva a mania dos bubble waffles a Estância Velha


Criado por dois irmãos, a Glück aposta na combinação de waffle e sorvete, trazida de Hong Kong, para agradar moradores e atrair visitantes de fora

Uma placa na calçada, sempre com uma frase diferente, convida a entrar. Lá dentro, mais recados carinhosos e inspiradores se espalham pelas mesas. O cliente é recebido com um sorriso e a pergunta "Como está o teu dia?". Assim é a Glück Waffles, cujo nome indica o prato principal, no Centro de Estância Velha. A novidade foi aberta em maio deste ano pelos irmãos e sócios Marcelo Ricardo da Silva, 36 anos, e Mauro Rafael da Silva, 34. Naturais de Sapucaia, os empresários encontraram no ramo alimentício uma forma de empreender e tirar sustento.
Uma placa na calçada, sempre com uma frase diferente, convida a entrar. Lá dentro, mais recados carinhosos e inspiradores se espalham pelas mesas. O cliente é recebido com um sorriso e a pergunta "Como está o teu dia?". Assim é a Glück Waffles, cujo nome indica o prato principal, no Centro de Estância Velha. A novidade foi aberta em maio deste ano pelos irmãos e sócios Marcelo Ricardo da Silva, 36 anos, e Mauro Rafael da Silva, 34. Naturais de Sapucaia, os empresários encontraram no ramo alimentício uma forma de empreender e tirar sustento.
Antes da cafeteria e sorveteria sair do papel, a forma de ganhar a vida dos irmãos era totalmente diferente. Sargento do Exército Brasileiro por oito anos e, depois, inspetor de qualidade do setor petroquímico, por mais oito anos viajando pela América Latina, Marcelo sempre teve o sonho de ser pai, mas não queria ser ausente e sofrer junto com o filho pela distância. "Montei um plano de negócio que me possibilitasse viajar e ser pai. Estava decidido que iria abrir um negócio para ficar mais perto do meu filho, que hoje tem três anos", conta. Para o projeto de vida, Marcelo começou a trabalhar em Charqueadas, na construção de uma plataforma da Petrobras, e comprou uma casa em Estância Velha.
Nessa mesma época, vieram à tona as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e as empreiteiras que prestavam serviço para o governo tiveram suas atividades suspensas, incluindo a empresa na qual Jenifer, esposa de Marcelo, trabalhava.
Os dois ficaram desempregados e, para a surpresa do casal, foi nesse momento que Jenifer engravidou. A nova realidade fez aflorar o desejo de abrir um estabelecimento próprio e trazer as experiências e culturas dos diferentes lugares que já haviam visitado.
Para iniciar um empreendimento, Marcelo, que tem o Ensino Médio completo e é técnico em Inspeção de Soldagem, foi em busca de conhecimento em livros, na internet e nos relatos de outros empreendedores já fixados no nicho que escolheu. "Coloquei como método que todos os dias eu tenho que aprender algo novo sobre empreendedorismo. Como não sabia nada, contei com a grande ajuda de um amigo meu, que é dono de cafeterias em Porto Alegre. Ele me colocou do outro lado do balcão, para que entendesse como funciona a rotina de um estabelecimento do ramo alimentício", lembra. Assim como Marcelo, seu irmão e sócio, Mauro, não tinha conhecimento nem experiência no comércio. O mais novo da dupla era jogador profissional de futebol em Hong Kong - lugar que sugeriu aos dois o carro-chefe do negócio, os waffles. Juntos, os irmãos fizeram diversos cursos em busca de aperfeiçoamento, incluindo o de barista - para aprender a fazer novas receitas de cafés.
A ideia de perfil da Gluck Waffles ganhou forma em conferidas no Pinterest, rede social de compartilhamento de fotos. "Minha mulher é fissurada por essa rede social e estava olhando algumas fotos até que encontrou o bubble waffles. Como eu sou chocólatra, ela me disse: 'Olha isso aqui, vamos comer!'. Então, fui pesquisar se existiam lugares que vendiam bubble. Novo Hamburgo, Porto Alegre, Santa Maria e Florianópolis não tinham. A luz do empreendedor acendeu e percebi que tinha essa carência", destaca.
Em seguida, uma pesquisa de mercado foi feita durante seis meses. "Quando estava pronta, chamei o meu irmão e disse que o plano era aquele. Ele topou na hora, entrou como investidor e virou sócio."

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