Roberta Fofonka

Rhaíssa Mattiello, proprietária da marca de picolés Pop Stop

E quando chega a hora de mudar de estratégia?

Roberta Fofonka

Rhaíssa Mattiello, proprietária da marca de picolés Pop Stop

A publicitária Rhaíssa Mattiello, 28 anos, abriu a Pop Stop em 2016, empresa de gelatos italianos produzidos em Porto Alegre. Especializada em fazer personalizações do palito, embalagem e freezers para eventos, a marca vem descobrindo como chegar até o consumidor final. Em 2017, foi feita uma experiência de ponto de venda no Shopping Iguatemi. Encerrada a operação, há um mês e meio, a marca abriu seu clube de assinaturas e loja on-line. Em seu primeiro negócio, Rhaíssa conta sobre os desafios de mudar de estratégia, a importância de ter resiliência e como manter o foco no produto.
A publicitária Rhaíssa Mattiello, 28 anos, abriu a Pop Stop em 2016, empresa de gelatos italianos produzidos em Porto Alegre. Especializada em fazer personalizações do palito, embalagem e freezers para eventos, a marca vem descobrindo como chegar até o consumidor final. Em 2017, foi feita uma experiência de ponto de venda no Shopping Iguatemi. Encerrada a operação, há um mês e meio, a marca abriu seu clube de assinaturas e loja on-line. Em seu primeiro negócio, Rhaíssa conta sobre os desafios de mudar de estratégia, a importância de ter resiliência e como manter o foco no produto.
GeraçãoE - Como tem sido o caminho para chegar ao consumidor final?
Rhaíssa Mattiello - O ponto no Iguatemi foi um teste, para ver se o modelo servia para nós. Nos eventos, as pessoas sempre perguntavam onde podiam comprar os gelatos. A gente foi para lá como uma experiência direta com o consumidor, como entrada de mercado. Vimos que o modelo funciona, mas não para a gente, enquanto empresa pequena. Requer todo um esforço de gestão, treinamento, uma equipe, que, a menos que você tenha uma estrutura maior, não consegue abraçar. As grandes marcas trabalham com volume, porque são industriais. E esse não é o nosso princípio, não é isso que o cliente que nos conhece quer também. Temos um produto superartesanal. Então a gente começou a pesquisar o que conseguiria fazer de diferente.
GE - E assim vocês chegaram na ideia do clube de assinaturas...
Rhaíssa - Isso. Um clube de assinaturas, algo super inovador, não existia até então para sorvetes, o que nos faria pioneiros. E diminui os nossos custos de produção, porque sabemos exatamente o tanto que teremos que produzir, para negociar melhor com os fornecedores, casou muito com tudo. Quando pensamos em botar loja em shopping, tivemos uma ideia anterior semelhante ao que viria a ser o clube. Quando decidimos encerrar esse tipo de operação, vendo todo o nosso planejamento e parceiros que havíamos feito, retomamos essa ideia e lapidamos. Tivemos uma aderência boa de gente curiosa, interessada. Acreditamos que ali por novembro, quando começa a esquentar, vai melhorar isso.
GE - O que ressaltarias da experiência de partir de um ponto físico para o on-line?
Rhaíssa - O que posso dizer dessa experiência de mudança, que pega o empreendedorismo como um todo, é que podes fazer o teu melhor, mas sempre vai haver um imprevisto. E há o desafio de estar no Brasil, as pessoas, com suas razões, são desconfiadas de novas marcas.
GE - O que de fundamental aprendeste nestes dois anos de empresa?
Rhaíssa - Aprendi que a gente sempre tem coisa para aprender, e todo mundo é capaz de te ensinar alguma coisa nova. O mercado muda muito, tanto a questão política como a social e econômica do nosso País. Para empreender, ou tu tens, ou vais desenvolver resiliência. O que tens que desapegar do teu tempo e do teu planejamento não está no mapa. Resiliente é a palavra.
GE - Vocês são uma empresa local. Como são as vendas dos picolés no inverno?
Rhaíssa - Por mais que a gente tenha inverno, o consumo continua. Ele cai, mas não para de vender. Igual a cerveja, tem gente que gosta o ano inteiro. O clube acaba sendo para quem é bastante fã. Criamos uma opção com chocolate belga para fazer fondue com os gelatos também, temos alguns caminhos para a sazonalidade.
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