Giana Milani

Utensílios custam R$ 18,00 e podem ser personalizados

Estudante de Odonto busca popularizar escova de bambu

Giana Milani

Utensílios custam R$ 18,00 e podem ser personalizados

Já é sabido que qualquer objeto plástico demora centenas de anos para se decompor. Por isso, a indústria tem buscado meios sustentáveis para substituir o material, e uma dessas apostas é o bambu. A planta virou matéria-prima para escovas de dentes e conquistou a estudante do último semestre do curso de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) Samara Borges, de 21 anos. O interesse virou negócio.
Já é sabido que qualquer objeto plástico demora centenas de anos para se decompor. Por isso, a indústria tem buscado meios sustentáveis para substituir o material, e uma dessas apostas é o bambu. A planta virou matéria-prima para escovas de dentes e conquistou a estudante do último semestre do curso de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) Samara Borges, de 21 anos. O interesse virou negócio.
Tudo começou depois que ela leu uma reportagem sobre as escovas de bambu - antes mesmo de ingressar no curso. "Aquilo me impactou. A matéria apresentava uma pesquisadora que chegou à conclusão de que, somente na Austrália, eram descartadas cerca de 30 milhões de escovas de plástico por ano", conta.
Um dia a acadêmica encontrou as escovas à venda na loja Banana Verde, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. E o contato com o produto despertou a veia empreendedora de Samara, que firmou uma parceria com o comércio e se tornou uma espécie de revendedora dos utensílios. "Tive um momento de pressão porque vou me formar agora e fiquei com o sentimento de que precisava encontrar algo a mais para fazer", admite.
ROBSON HERMES/ESPECIAL/JC
Samara criou um Instagram do negócio (@escovambu) e se surpreendeu com o feedback imediato.
"Fiz um post meio que na brincadeira para analisar se teria demanda, se valeria a pena ajudar a Banana Verde com a minha parte. Em menos de 24 horas já tinha 400 curtidas e 100 compartilhamentos", comemora.
Além do meio digital, ela tem impulsionado as vendas através dos colegas e professores da universidade.
"Os meus colegas dentistas acabam pegando uma, duas, três escovas para testar. Eles tiram suas próprias conclusões, e tiveram a ideia de colocar o nome deles no cabo para presentear os pacientes. Os meus professores também adoraram. Tem um que comprou para a família inteira", observa a jovem.
Muita gente que está procurando, agora, é para encomendas de fim de ano. Trata-se de uma opção para lembranças de formatura, por exemplo. Na loja, os utensílios são personalizados a laser e custam R$ 18,00.
"A escova de bambu já existia. A única coisa que faltava para dar certo era deixar mais ao alcance das pessoas", comenta Samara, que também faz algumas entregas a domicílio.
As escovas são importadas da China e têm durabilidade de três meses, o mesmo de uso recomendado para as de plástico. Existem dois modelos: um 98% biodegradável e o outro 100%. As cerdas da segunda opção também são naturais e feitas com fibras do bambu.
O próximo passo do negócio é ampliar o leque do design do produto. "Agora, estou segurando a peteca e desenvolvendo melhor. Seria extremamente importante que a indústria brasileira produzisse as escovas de bambu, até para estimular o mercado nacional", avalia.
Para Samara, as pessoas estão cada vez mais conscientes de quão agressivos estão os hábitos humanos para o ambiente. "A gente sabe que tem que mudar. Estou contando os dias para que isso aconteça", expõe.
Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

Giana Milani

Giana Milani - repórter do GeraçãoE

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