Roberta Fofonka

Para quem acha que inverno e cerveja não combinam, a Edelbrau mostra que sim

Cervejaria Edelbrau aposta no caráter local

Roberta Fofonka

Para quem acha que inverno e cerveja não combinam, a Edelbrau mostra que sim

Fernando Maldaner e Samuel Zang abriram a cervejaria Edelbrau sete anos atrás, em Nova Petrópolis - roteiro conhecido dos gaúchos durante o inverno. Colegas de trabalho em uma empresa calçadista, foram juntos fazer intercâmbio de um ano, já projetando pescar dicas e referências para abrir um negócio. Na Irlanda, descobriram o mercado de cervejarias artesanais, que lá era bastante difundido e aqui, pouco, na época.
Fernando Maldaner e Samuel Zang abriram a cervejaria Edelbrau sete anos atrás, em Nova Petrópolis - roteiro conhecido dos gaúchos durante o inverno. Colegas de trabalho em uma empresa calçadista, foram juntos fazer intercâmbio de um ano, já projetando pescar dicas e referências para abrir um negócio. Na Irlanda, descobriram o mercado de cervejarias artesanais, que lá era bastante difundido e aqui, pouco, na época.
Ao chegarem de volta, em seis meses ergueram o prédio de 500 metros quadrados - que hoje tem mais que o triplo do tamanho e deram início às operações da Edelbrau. "Foi bom não saber dos entraves para abrir uma cervejaria, porque senão não faria", brinca Fernando. Com nove rótulos diferentes, inclusive uma cerveja sazonal, produzida no inverno e que leva até cachecolzinho na garrafa, o foco é não perder a característica regional.
Ao contrário do que se pode pensar no que tange à beber cerveja no tempo frio em terras brasileiras, e principalmente no Rio Grande do Sul, onde faz mais frio, julho é o melhor mês da empresa. "Em dezembro o local consome muito, mas no inverno é o turista", conta.
"A gente tenta mover a parte cervejeira como atrativo turístico", explica ele. Para fomentar o mercado, há três anos foi criada, entre os municípios de Canela, Gramado e Nova Petrópolis, a Rota Cervejeira, para quem quiser conferir a vida além do vinho na Região das Hortênsias.
O apelo local acaba tocando na sustentabilidade. Uma vez que a geada e o frio queimam os pastos, o bagaço do malte, por exemplo, vai para produtores rurais. Ele serve de insumo, como ração para animais, e vira permuta de lenha para a caldeira da cervejaria. Em 2015, foram instaladas cisternas para destinar a água armazenada à limpeza dos pisos da fábrica e, em 2018, placas solares para abastecimento de energia. A Edelbrau caminha para ser a primeira cervejaria artesanal autossustentável do Brasil em termos de energia.
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