Roberta Fofonka

Mércia Machado Vergili é consultora de franquias da GSPP

O que saber na hora de franquear

Roberta Fofonka

Mércia Machado Vergili é consultora de franquias da GSPP

O mundo das franquias encurta caminhos para quem quer tocar um negócio. No entanto, como em todas as práticas empreendedoras, são muitos detalhes para se certificar antes de entrar neste mercado. Mércia Machado Vergili é consultora de franquias da GSPP, empresa especializada em franquias, varejo e shopping centers, e deu algumas dicas baseada em sua experiência própria como franqueada, tanto para quem quer franquear o negócio próprio como para quem pensa em entrar em uma rede.
O mundo das franquias encurta caminhos para quem quer tocar um negócio. No entanto, como em todas as práticas empreendedoras, são muitos detalhes para se certificar antes de entrar neste mercado. Mércia Machado Vergili é consultora de franquias da GSPP, empresa especializada em franquias, varejo e shopping centers, e deu algumas dicas baseada em sua experiência própria como franqueada, tanto para quem quer franquear o negócio próprio como para quem pensa em entrar em uma rede.
Conversamos com ela durante a maior feira do segmento do País, a ABF Expo, da Associação Brasileira de Franquias (ABF).
GeraçãoE - Como tornar-se franqueador?
Mércia Machado Vergili - Para a pessoa ser uma franqueadora, primeiro ela precisa ter um negócio que possa ser replicável, com uma boa margem de lucro e disposição em compartilhá-lo.
GE - E isso de compartilhar, às vezes, gera certa resistência?
Mércia - Sim. Muitas pessoas nos procuram, e a primeira dúvida é: "E se o franqueado roubar a minha ideia e montar o negócio dele?". Então, aquela pessoa que quer franquear pensa na expansão do negócio, mas realmente tem o receio de abri-lo para outro e ser copiado.
GE - E no que o seu trabalho impacta para garantir que coisas como essa não aconteçam?
Mércia - Uma boa consultoria vai trabalhar com a parte jurídica para o franqueador. O contrato tem que ser muito bem feito por um advogado que seja especialista em franquia, porque existem particularidades. A gente vê contratos por aí que deixam muitas brechas. Um bom contrato vai proteger o franqueador de oportunistas.
GE - E o que a pessoa que vai franquear a sua empresa precisa estar ciente?
Mércia - É preciso estar ciente também da parte financeira. A gente, como consultoria, vai fazendo um estudo e mostrando para o empresário ou a empresária onde que o negócio está indo bem e o que não está indo tão bem. E, às vezes, nessa avaliação, é possível enxergar caminhos e alternativas de mudança para fazer correções, melhorar o negócio. Primeiro é preciso entender muito bem seus números, para daí poder ter segurança para passar para os outros.
GE - E como é que você chegou às franquias ao ponto de virar consultora?
Mércia - Sou assistente social. Trabalhei por 10 anos na área de serviço social, educação e saúde pública. E aí eu comecei a achar que a gente não consegue resolver os problemas do Brasil, são muitos, e nós somos uma formiguinha na área de saúde. Resolvi mudar e quis ter um negócio, em 1992. Conheci franquias e acabei abrindo uma em 1993. Fui franqueada por 24 anos, vendi a minha última unidade em janeiro de 2017. Nesse meio tempo, eu e meu marido tivemos outras franquias. Hoje, o meu marido ainda é franqueado da Casa do Construtor, temos duas unidades.
GE - Qual é o diferencial de trabalhar num negócio que foi criado por outra pessoa, mas colocar o teu jeito?
Mércia - Aprendi que isso encurta muitos caminhos. Você abre um negócio já com uma marca, com uma estrutura. Tudo vem pronto para você, é só aprender e operar. Facilita muito a vida. A franquia é muito democrática, porque permite que pessoas sem experiência em negócios venham a operar também. Acho muito legal quando as franquias vão se estruturando, elas dão cursos, treinamentos, sistemas, informação, como se você estivesse em uma empresa de grande porte.
GE - E qual é a primeira coisa que a pessoa que quer adquirir uma franquia precisa saber para não cair em furada?
Mércia - A primeira coisa é não entrar em uma franquia com o capital negativo ou empréstimos. E precisa ter alguma afinidade tanto com a marca quanto com o franqueador. A outra coisa é quando você achar a franquia que quer, falar com os outros franqueados. Ligar aleatoriamente para franqueados da marca e até visitá-los para saber qual a situação deles enquanto negócio.
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