A 3D Protos, de Porto Alegre, trabalha com impressão 3D voltada para a área da saúde, e o principal produto são palmilhas. Há modelos tanto para correção biomecânica quanto para conforto, que atuam no alívio de dores e aumentam a performance para quem pratica atividades físicas. "Passamos dois anos desenvolvendo esse produto com pacientes", detalha Fernando Flores, que divide o negócio com uma fisioterapeuta e um médico.

Agora, o grupo está na fase de captação de clínicas parceiras. Eles treinam fisioterapeutas no uso de um scanner 3D para fazer a aquisição da imagem do pé, avaliação e receita da palmilha. O processo é todo digitalizado e com precisão, garante Fernando.

Até então, a palmilha tradicional existente no mercado era feita através de um molde de espuma e gesso. "Se perde muita precisão, dá muito problema de retrabalho, de entrega, demora para a palmilha ficar pronta, enquanto a pessoa está com dor. A gente traz o componente digital e garante replicabilidade por um preço muito mais barato", acrescenta o empreendedor.

O primeiro par é vendido a R$ 280,00, e, a partir do segundo, o valor cai para R$ 150,00. Para palmilhas de conforto, o desenvolvimento pode ser feito apenas por fotos, através da identificação de pontos dos pés. Nesse caso, o preço fica entre R$ 120,00 e R$ 140,00.

Fernando já venceu a Maratona de Empreendedorismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em 2014, e, desde então, tem testado novos projetos. Em 2016, foi selecionado para o edital de inovação do Sebrae, e, em 2017, foi finalista do InovAtiva Brasil.

A startup vende cerca de 30 pares de palmilhas por mês, número que Fernando diz estar expandindo. Há, no momento, clínicas parceiras em Porto Alegre, Bagé, Santa Maria, Esteio, Canoas, Taquara, Caxias do Sul e Nova Prata.