Roberta Fofonka

Marca de surfe e casa sem uso deram origem a match de empresas

Empreender sonhos e multiplicar negócios é a base do Castelo Oric

Roberta Fofonka

Marca de surfe e casa sem uso deram origem a match de empresas

Tentando construir nome na carreira jurídica, o salto para a mudança de vida do advogado Guilherme Paz veio com o pedido do filho, no verão de 2016, por uma prancha de surfe - esporte que Guilherme sempre quis aprender, mas desistiu ainda na adolescência. "Na verdade, isso foi uma desculpa que tive para mandar fazer uma prancha", ri. "É uma paixão que sempre tive", confessa.
Tentando construir nome na carreira jurídica, o salto para a mudança de vida do advogado Guilherme Paz veio com o pedido do filho, no verão de 2016, por uma prancha de surfe - esporte que Guilherme sempre quis aprender, mas desistiu ainda na adolescência. "Na verdade, isso foi uma desculpa que tive para mandar fazer uma prancha", ri. "É uma paixão que sempre tive", confessa.
Quando recebeu a prancha do shaper (velho amigo e colega de escola) Ciro Buarque, viu que era nisso que queria empreender. Da junção deles, surgiu a Oric Skateboards, marca de surfe que se concretiza na selva de pedra para ganhar as praias - a fábrica, ao menos, está perto do rio.
Foi no subsolo do casarão da família, no bairro Assunção, Zona Sul de Porto Alegre, que Guilherme instalou a produção. "O castelinho estava há tempos para ser vendido para investidores", conta. Sem perspectiva de venda, ocupar o espaço ocioso desde 2012 foi a saída para o imóvel e a empresa - que, antes, ficava em um galpão alugado na avenida Sertório, na Zona Norte da Capital. A marca faz também pranchas sob medida para quem quer ter a performance ou aprendizado proporcionais. 
LUIZA PRADO/JC
O desafio de Guilherme, agora, é captar outros empreendedores para compor o andar de cima da casa, de 1,5 mil metros quadrados. Atualmente, além da Oric, está o restaurante Pot.in, de Natália Perachi.
Guilherme era cliente do restaurante de Natália, que ocupava um local de 30 m² no bairro. Focado em refeições saudáveis, o match dos negócios levou o Pot.in para o casarão em abril de 2018.
O andar de cima, do então batizado Castelo Oric, foi pensado para abrigar outros negócios, com sala romântica e para jantares privados, charutaria, coworking para seis pessoas e estudos para instalação de barbearia. Além disso, o local terá um contêiner com estúdio de tatuagem no pátio e uma loja da Oric. "Muitos sonhos estão sendo realizados aqui", afirma Guilherme. "Até já pensamos em um empreendimento como esse fora do País", sugere Natália. Com a construção imponente e clássica, os empreendedores buscam contraste na maneira de atrair o público e fazer com que se sintam em casa. Feijoadas com samba e feirinha estão entre os programas de domingo. "O castelo virou uma empresa por si só", comenta Guilherme, a partir da procura para eventos.
Para bombar o nome da Oric, vieram as estratégias de negócio. A primeira delas foi a escolha do ex-modelo, surfista e empresário Paulo Zulu para representar a marca. A segunda foi se descolar de solo urbano para ter pranchas rodando em Fernando de Noronha. "Ter entrado em Noronha nos deu grande visibilidade", pontua. A terceira foi tornar-se patrocinadora do jovem surfista de Torres Gustavo Borges, de 17 anos. Se, hoje, com as próprias pranchas, Guilherme está surfando? "Estou, graças a Deus", responde.
LUIZA PRADO/JC
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