"Antes de lançar um produto, é necessário fazer o exercício de se perguntar: será que este negócio ofende, perturba, desmoraliza ou causa estranhamento em alguém?", questiona.
Leia a opinião dela, na íntegra:
Repense e respeite
Quando se fala em empreender, muitas dicas são repassadas àqueles que querem investir e ter sucesso em seu negócio. Persistir, estudar o mercado, encontrar o nicho de oportunidades, ficar de olhos nas novas tendências, especializar-se em seu ramo de atuação. Contudo, acredito que um dos tópicos mais importantes, na maioria das vezes, é esquecido e isso reflete negativamente: as empresas ainda não estão pensando na diversidade. Elas estão vendendo o conceito de diversidade.
O mundo mudou. É fato. As pessoas estão mais críticas, mais informadas e mais atentas. A representatividade e a busca pela diversidade nunca estiveram tão presentes (pelo menos no discurso) na comunicação, na literatura e nos produtos audiovisuais. E como consequência, mais do que nunca a máxima "se não me representa, eu não consumo" é dita pelos mais diferentes segmentos da população.
Neste contexto, as empresas precisam ter um olhar sensível às mais diversas causas. Não adianta afirmar que contempla determinado segmento, sem ter parado realmente para ouvir os anseios e aprender com esta parcela. E isto se aplica a tudo. Aprender é a chave para desconstruir.
Antes de lançar um produto, é necessário primeiramente fazer o exercício de se perguntar: será que este negócio ofende, perturba, desmoraliza ou causa estranhamento em alguém? Se a resposta for uma simples suspeita de "sim", então é hora de repensar. Já está mais do que na hora de parar de esconder velhos preconceitos com o discurso da pluralidade, quando na verdade, seguimos reproduzindo mais do mesmo. Repense e respeite!