Patrícia Comunello

Nauro Júnior conseguiu com financiamento coletivo custear a Expedição Fuscamérica

Fotógrafo gaúcho chega com seu fusca à Rússia

Patrícia Comunello

Nauro Júnior conseguiu com financiamento coletivo custear a Expedição Fuscamérica

O normal é associar futebol com bola, jogadores em confronto dentro dos estádios. Mas a Copa da Rússia de 2018 também é dos desbravadores. Pessoas como o fotógrafo gaúcho Nauro Júnior, ou Nauro Cardoso Machado Júnior, que saiu de Pelotas e está lá para mostrar em imagens e histórias "o lado B" do Mundial, segundo ele, com personagens e a vida nesse país bem distante do Brasil.
O normal é associar futebol com bola, jogadores em confronto dentro dos estádios. Mas a Copa da Rússia de 2018 também é dos desbravadores. Pessoas como o fotógrafo gaúcho Nauro Júnior, ou Nauro Cardoso Machado Júnior, que saiu de Pelotas e está lá para mostrar em imagens e histórias "o lado B" do Mundial, segundo ele, com personagens e a vida nesse país bem distante do Brasil.
O mais legal dessa história é como Nauro, que é repórter fotográfico e professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), chegou ao país sede da Copa. O gaúcho acoplou o destino Rússia ao seu projeto continental Expedição Fuscamérica, que já percorreu sete países da América do Sul. Como o nome sugere, é um automóvel fusca, ano 1968, que leva o desafio e o fotógrafo em frente. Para viabilizar o projeto da expedição rumo à Rússia, foi preciso buscar financiamento coletivo, que cresce cada vez mais como alternativa para custear projetos empreendedores como o dele. 
Pela plataforma de crowdfunding Kickante, a campanha obteve R$ 37.705,00 dos R$ 40 mil pretendidos. Quem colaborou tinha cinco tipos de recompensa - desde adesivos da expedição a livros já lançados por Nauro. A viagem foi confirmada, e o fusca embarcou separado do dono, mas com parada em São Petersburgo. Nauro chegou em 12 de junho à cidade. O Segundinho, nome do veículo de cor verde, fez uma longa viagem. Saiu em 19 de abril do Porto de Rio Grande, no navio Ro Ro, da empresa Wallenius Wilhemsen Ocean, de origem sueco-norueguesa. O carro chegou antes do próprio fotógrafo, em 10 de junho.    
NAURO JUNIOR/DIVULGAÇÃO/JC
Nauro tem a meta de rodar 20 mil km com o fusca até julho na Rússia | Foto: NAURO JUNIOR/DIVULGAÇÃO/JC
O projeto inusitado chama a atenção da imprensa brasileira que cobre o Mundial e também já mereceu reportagens em canais no YouTube e televisões tradicionais. Depois de duas semanas na Rússia, Nauro e o companheiro de viagem Caio Passos, diretor audiovisual que ajuda em vídeos e outros materiais, segue a meta de rodar cerca de 20 mil quilômetros pelo país até julho. "Até um urso encontramos no caminho. Dirigir 600 quilômetros não é fácil. Mas de fusca na Rússia é só alegria.", postou o fotógrafo em seu Facebook no dia 24.
Estas passagens serão contadas em um documentário em vídeo e em um livro. A ideia é mostrar torcedores de todos os cantos, a mistura de idiomas e os bastidores das transmissões internacionais. Além, é claro, de interagir com os nativos, com histórias de gente comum. O desafio da língua, garante a dupla, já foi superado. Nauro e Caio se dividem entre fotografar, editar, fazer vídeos e armar e desarmar a barraca, guardada sobre o capô do fusca, e que se transforma no "mobile-office" da expedição - pelo menos até o Segundinho embarcar de volta ao Brasil, no fim da Copa.
O tamanho do feito e a emoção de ter conseguido colocar em marcha o projeto, após as contribuições via financiamento coletivo, podem ser traduzidas na frase postada por Nauro, no Instagram @expedicaofuscamerica, para dar a dimensão do que é estar na vizinhança da Catedral de São Basílio, ícone da arquitetura russa e que fica em Moscou: "Quando tu olhas pra tua vida toda e te pergunta: como é que eu vim parar aqui?".
> Assista a um dos vídeos divulgados pela Expedição Fuscamérica:  
Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Leia também

Deixe um comentário